12 de fev 2025
Indústria se adapta à nova demanda e lança opções de bebidas sem álcool
A crescente preocupação com a saúde impulsiona a demanda por bebidas sem álcool. A Guinness lançou sua versão zero álcool na Europa, inovando após três décadas. No Brasil, a venda de cervejas sem álcool cresceu 20% em 2024, totalizando 480 milhões de litros. A Diageo introduziu o Captain Morgan zero, refletindo a tendência global em bebidas. Apesar do crescimento, o consumo de álcool ainda causa 2,6 milhões de mortes anuais globalmente.
SEXTOU - Ciência prova que modelos do mercado são inadequados: deixam a bebida esquentar (Foto: Vershinin/Getty Images)
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A crescente preocupação com a saúde tem levado pessoas, especialmente os mais jovens e ricos, a abandonarem as bebidas alcoólicas em favor de opções mais saudáveis. Essa mudança de comportamento resultou em um aumento significativo na demanda por bebidas sem álcool, com a indústria se adaptando e lançando diversas alternativas. A cerveja sem álcool destaca-se nesse cenário, apresentando um crescimento anual de 3,6% desde 2018, em contraste com o modesto 0,3% das versões tradicionais.
No Brasil, embora as cervejas sem álcool representem apenas 3% do consumo total, estima-se que as vendas atingiram 480 milhões de litros em 2024, um aumento superior a 20% em relação ao ano anterior. Marcas tradicionais, como a Heineken, que lançou a Heineken 0.0 em 2020, e a Ambev, que introduziu a Bud Zero em 2023, estão respondendo a essa demanda crescente. A Wäls, uma cervejaria artesanal, também se juntou ao movimento com sua Wäls Session Free.
A tendência não se limita às cervejas. A Diageo lançou uma versão zero do Captain Morgan Spiced Gold, enquanto a Pernod Ricard tem se destacado com o destilado sem álcool Ceder’s. Na França, a vinícola Clos de Boüard relatou que um terço de suas vendas é de vinhos sem álcool, e no Japão, a principal cervejaria do país prevê que até 2040, os rótulos sem álcool representarão metade de suas vendas.
Apesar do crescimento das opções sem álcool, o consumo de bebidas alcoólicas ainda é elevado. Entre 2000 e 2020, a queda global foi de apenas 0,2 litros per capita, e no Brasil, de 8,7 para 7,7 litros. O álcool continua a ser responsável por mais de 2,6 milhões de mortes anuais no mundo, com a população mais vulnerável, especialmente os pretos e pardos, sendo a mais afetada. A força cultural do consumo de álcool persiste, mesmo com os alertas sobre os riscos à saúde, e a tendência atual pode ser uma mudança duradoura ou apenas um modismo passageiro.
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