Saúde

Obesidade infantil cresce no Brasil e traz riscos à saúde a longo prazo

Estudo revela que tratar obesidade infantil reduz riscos de doenças crônicas, mas não impacta ansiedade e depressão na vida adulta.

A imagem mostra um grupo de pessoas reunidas em uma sala, discutindo ideias e colaborando em um projeto. (Foto: Reprodução)

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A obesidade infantil é um grave problema de saúde pública no Brasil, afetando 30% das crianças de 5 a 9 anos. Fatores como alimentação inadequada e sedentarismo contribuem para essa situação. Um estudo recente do Instituto Karolinska, publicado no JAMA Pediatrics, revela que o tratamento eficaz da obesidade infantil pode reduzir em até 88% o risco de mortalidade prematura em adultos jovens, mas não impacta a incidência de ansiedade e depressão na vida adulta.

O estudo analisou dados de 6.713 jovens entre 6 e 17 anos que receberam tratamento por pelo menos um ano. Os resultados mostraram que a remissão completa da obesidade está associada a uma diminuição significativa de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e hipertensão. A endocrinologista Leandra Anália Freitas Negretto destaca a importância de tratar a obesidade desde cedo para mitigar riscos à saúde a longo prazo.

Apesar dos avanços no tratamento, o estudo indica que o risco de desenvolver depressão e ansiedade permanece inalterado na vida adulta, independentemente do sucesso do tratamento. Negretto observa que isso sugere a necessidade de abordar problemas mentais em paralelo ao tratamento da obesidade, questionando se o estigma associado à condição é mais prejudicial do que se imagina.

A prevalência da obesidade infantil no Brasil é alarmante. Dados do Atlas da Obesidade Infantil de 2019 mostram que 14,4% das crianças menores de 5 anos e 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos apresentavam obesidade. A especialista ressalta que a combinação de fatores genéticos e um ambiente obesogênico, caracterizado pela oferta excessiva de alimentos ultraprocessados e sedentarismo, é crucial para entender o aumento da obesidade infantil.

O tratamento para crianças com menos de 12 anos deve focar em mudanças de comportamento e estilo de vida, enquanto adolescentes podem necessitar de medicamentos. A endocrinologista alerta que a mudança de hábitos familiares é um desafio, mas essencial para o sucesso do tratamento.

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