15 de fev 2025
Aumento de ataques de piranhas em rios e lagos do Brasil gera alerta entre banhistas
A prefeitura de Itirapina proibiu banho na Represa do Broa após ataques de piranhas. Sete incidentes foram registrados, resultando em ferimentos em turistas. Medidas de controle incluem regulamentação da pesca e campeonato de piranhas. Ataques em Itapetinga e Jequié levantam suspeitas sobre introdução da espécie. Especialistas alertam para crescimento populacional de piranhas em várias regiões.
Serrassalmus marginatus: espécie pequena que causou acidentes com ferimentos leves no Rio Paraná entre as hidrelétricas do Porto Primavera e de Itaipu (Foto: Pablo Giorgis/SIB)
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No final de janeiro, a prefeitura de Itirapina proibiu o banho na Represa do Broa devido a ataques de piranhas, com pelo menos sete incidentes registrados desde o início do ano. Os ataques, que deixaram ferimentos em turistas, levantaram preocupações sobre o aumento da população de piranhas em diversos rios do Brasil, incluindo São Paulo, Pará, Rio Grande do Norte e Bahia. Especialistas atribuem esse crescimento a fatores como a pesca de predadores naturais, a introdução da espécie em novos habitats e mudanças climáticas.
O último ataque na Represa do Broa ocorreu após a proibição do banho, quando um turista de Campo Grande sofreu um ferimento no pé. A prefeitura anunciou medidas para controlar a população de piranhas, incluindo a regulamentação da pesca e a proibição da soltura de espécies invasoras. Em municípios baianos como Itapetinga e Jequié, a aparição de piranhas foi atribuída a enchentes recentes que alteraram o curso dos rios, facilitando a migração do peixe.
O professor de biologia Perimar Moura sugere que a introdução de piranhas em açudes pode ter contribuído para os ataques. Ele explica que a presença de piranhas em novos ambientes pode causar desequilíbrios ecológicos, especialmente em épocas reprodutivas. Os ataques geralmente ocorrem em áreas onde a presença humana é alta, atraindo as piranhas pelo movimento e barulho, além de restos de alimentos consumidos na água.
Pesquisas indicam que a população de piranhas, como a Serrassalmus marginatus, tem crescido em reservatórios, como o da Hidrelétrica de Itaipu, devido a condições ambientais favoráveis. O biólogo Ângelo Antônio observa que eventos climáticos como El Niño influenciam a variação populacional, aumentando a disponibilidade de alimentos. Em contrapartida, a pesca predatória e a poluição têm contribuído para o desequilíbrio nos ecossistemas aquáticos, resultando em um aumento nos ataques de piranhas em áreas antes seguras para banhistas.
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