Saúde

Misturar álcool e remédios pode ser fatal; entenda os riscos durante o carnaval

O psiquiatra Arthur Guerra de Andrade alerta sobre riscos do álcool no carnaval. Misturas de álcool com medicamentos podem causar efeitos adversos graves. O "efeito antabuse" pode ocorrer com antibióticos, levando a sérios riscos. Bebidas energéticas aumentam euforia e desidratação, tornando o consumo perigoso. Não há combinações seguras; interações podem intensificar efeitos de remédios.

Bebidas alcoólicas misturadas com remédios ou energéticos podem causar diversos efeitos, de vômito a morte. (Foto: Unsplash/Divulgação)

Bebidas alcoólicas misturadas com remédios ou energéticos podem causar diversos efeitos, de vômito a morte. (Foto: Unsplash/Divulgação)

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A relação entre álcool e carnaval é histórica e frequentemente problemática, especialmente quando se considera o uso de medicamentos. O psiquiatra e presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), Arthur Guerra de Andrade, alerta que o álcool pode dificultar o efeito da medicação e, por outro lado, os medicamentos podem intensificar os efeitos do álcool, levando a intoxicações com menores quantidades. O efeito antabuse, que pode ser fatal, é um dos riscos mais sérios dessa combinação, especialmente durante o carnaval, quando o consumo de álcool tende a ser elevado.

Misturas de álcool com substâncias como cafeína e energéticos podem resultar em efeitos adversos significativos. A cafeína, presente em bebidas energéticas, pode aumentar a euforia e mascarar a embriaguez, levando os indivíduos a beberem mais do que o seguro. Além disso, tanto o álcool quanto a cafeína são diuréticos, o que pode resultar em desidratação. O Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF–SP) também observa que a cafeína pode agravar os sintomas da ressaca.

O uso de antialérgicos e antidepressivos em conjunto com álcool é igualmente arriscado. A mistura pode intensificar os efeitos sedativos, causando sonolência e dificuldades de concentração. No caso dos antidepressivos, a interação pode não apenas aumentar reações adversas, mas também reduzir a eficácia do tratamento. Já os ansiolíticos podem provocar sedação excessiva e até risco de coma quando combinados com álcool, aumentando a possibilidade de dependência.

Por fim, a interação entre antibióticos e álcool é uma preocupação, especialmente com medicamentos como eritromicina e rifampicina, que podem desencadear o efeito antabuse. O CRF–SP recomenda cautela, pois a combinação pode resultar em intoxicação e diminuição da eficácia dos antibióticos, além de riscos adicionais com anticonvulsivantes, que podem comprometer o controle das crises de epilepsia.

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