05 de mar 2025
Doença desconhecida no Congo pode ser causada por água envenenada, aponta OMS
A República Democrática do Congo investiga surto com 67 mortes e 1.365 casos. Suspeita de envenenamento de água é a principal hipótese, segundo OMS. Sintomas incluem febre, diarreia e falta de ar; casos em duas vilas. Testes descartaram Ebola e Marburg; malária é preocupação adicional. Tendência de queda nas mortes é observada, indicando possível controle.
Chefe de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan. (Foto: Reprodução / YouTube)
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As autoridades da República Democrática do Congo (RDC) investigam um surto de doença desconhecida que já causou 67 mortes e 1.365 casos desde janeiro. O chefe de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, indicou que o envenenamento de água é uma das principais suspeitas. Ele destacou que a sintomatologia observada se assemelha a um evento tóxico, podendo ser causado por uma exposição química ou biológica, como meningite.
O surto afeta duas vilas na província de Équateur, onde cerca de metade dos óbitos ocorreu em até 48 horas após o início dos sintomas, que incluem febre, calafrios, dores de cabeça e diarreia. A OMS classificou o risco nas comunidades afetadas como moderado, enquanto o risco nacional e global é considerado baixo. A causa definitiva da doença ainda não foi determinada, mas meningite e intoxicação estão entre as principais hipóteses.
Os testes realizados até o momento descartaram os vírus Ebola e Marburg como possíveis causas. Entre 571 amostras analisadas, 54,1% testaram positivo para malária, o que pode estar contribuindo para o agravamento dos casos. As vilas de Boloko e Bomate, onde os casos foram detectados, estão a cerca de 100 km de distância e conectadas apenas por estrada ou pelo rio Congo.
Os primeiros casos foram rastreados até Boloko, onde três crianças morreram após consumirem um morcego morto. Desde então, o surto se espalhou para Bomate, com um total de 1.365 casos e 67 mortes. Apesar da gravidade da situação, a OMS observa uma tendência de queda nas mortes, com a mais recente registrada em 22 de janeiro. As informações epidemiológicas sugerem um evento localizado, com um declínio constante na incidência.
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