Ministério da Saúde intensifica ações contra febre amarela e dengue na Ilha de Marajó

Durante o feriado de Carnaval, o Ministério da Saúde enviou uma equipe técnica do Centro de Operações de Emergências para Dengue e Outras Arboviroses (COE) a Belém, no Pará, para investigar casos de febre amarela. A equipe chegou em 5 de fevereiro e, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA), está avaliando a estrutura de saúde de Breves, município que já registrou cinco óbitos confirmados pela doença. Até o momento, foram notificados 37 casos, com 15 confirmações e 6 suspeitas.

O coordenador-geral do CGCIEVS, Daniel Coradi, destacou que a equipe realizará um diagnóstico situacional em Breves, mapeando famílias isoladas e primatas mortos, além de desenvolver ações de assistência e vigilância. Em Belém, uma equipe ficará disponível para ativar um COE local, reforçando a resposta à febre amarela na região. A comitiva inclui especialistas de diversas secretarias e instituições, como o Instituto Evandro Chagas e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, com transmissão urbana pelo mosquito Aedes aegypti e silvestre por mosquitos de hábitos naturais. Os sintomas iniciais incluem febre e dores musculares, podendo evoluir para formas graves. O Brasil possui um Plano de Contingência desde 2014, que orienta ações em diferentes níveis de alerta. A vacinação é a principal forma de prevenção, com cobertura nacional de 72,6%, mas no Pará esse índice é de apenas 54,03%.

A caravana técnica do Ministério da Saúde já percorreu 28 municípios em 17 estados, reforçando ações de controle de arboviroses. No Pará, foram confirmados 15 casos de febre amarela, com 7 em investigação. O estado também recebeu orientações para campanhas de educação em saúde e eliminação de criadouros do mosquito transmissor. Nos primeiros meses de 2025, o Brasil registrou 493 mil casos de dengue, uma redução significativa em relação ao ano anterior. O Plano de Ação para 2024/2025 introduz novas tecnologias para controle do vetor e reforça a importância de uma resposta organizada durante surtos.