09 de mar 2025
Pais devem controlar o uso de celulares e eletrônicos por crianças em meio a aumento alarmante
Uso de internet por crianças de 6 a 8 anos aumentou de 41% para 82% em 2024. Lei proíbe celulares em escolas, refletindo preocupações com o aprendizado. Crianças ganham celulares mais cedo; 36% dos 6 a 8 anos já possuem um. Riscos incluem desinformação e atraso no desenvolvimento infantil. OMS recomenda limites rigorosos de uso de telas para menores de idade.
Crianças brasileiras de 6 a 8 anos estão usando mais a internet, mostra pesquisa. (Foto: Freepik)
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O uso de internet entre crianças brasileiras de 6 a 8 anos aumentou significativamente, passando de 41% em 2015 para 82% em 2024, conforme dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Nas classes A e B, a taxa chega a 97%. O crescimento é ainda mais acentuado entre os menores de 2 anos, que saltaram de 9% para 44%, e entre crianças de 3 a 5 anos, que foram de 26% para 71%. A pesquisa indica que as crianças estão recebendo celulares cada vez mais cedo, com o percentual de 6 a 8 anos que possuem aparelhos próprios subindo de 18% para 36%.
A questão do uso de celulares por crianças gerou um debate nacional, levando à sanção de uma lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas, incluindo durante os intervalos. Essa legislação é parte de um movimento que já contava com restrições em níveis municipal e estadual, e recebeu apoio de diversas forças políticas no Congresso. Um relatório da Unesco de 2023 destacou os riscos do uso excessivo de celulares, como distrações que prejudicam o aprendizado.
Embora a regulação nas escolas esteja definida, em casa a responsabilidade recai sobre os pais. Pesquisas indicam que o uso da internet por crianças está frequentemente associado a atividades escolares, mas também traz riscos, como a exposição a desinformação e conteúdos impróprios. O uso excessivo de telas pode atrasar o desenvolvimento de habilidades essenciais, como comunicação e interação social, especialmente em crianças de 1 ano que passam de uma a quatro horas diárias em frente a dispositivos.
Especialistas recomendam que a introdução de crianças no ambiente digital seja feita com cautela. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que menores de 2 anos evitem telas, e que crianças de 2 a 5 anos tenham no máximo uma hora de uso diário, enquanto para aquelas de 6 a 10 anos, o limite é de duas horas. Os pais devem supervisionar o uso de tecnologia, garantindo que as crianças também tenham oportunidades de interação social fora do ambiente digital.
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