25 de mar 2025
Agrotóxicos contaminam parques nacionais e ameaçam biodiversidade no Brasil
Estudo revela contaminação por agrotóxicos em parques nacionais do Brasil, evidenciando a necessidade urgente de regulamentações mais rigorosas.
Caio Paganotti (Foto: Reprodução)
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Um estudo científico revelou que unidades de conservação da natureza no Brasil, como os parques nacionais de Itatiaia e Serra dos Órgãos, estão contaminadas por agrotóxicos. A pesquisa, publicada na revista Environmental Pollution, identificou 17 tipos de venenos em lagos e sedimentos dessas áreas, destacando a urgência de reduzir o uso desses produtos químicos. Apesar de muitos agrotóxicos serem banidos em outros países, alguns ainda são utilizados no Brasil, incluindo herbicidas e inseticidas que afetam a biodiversidade e a saúde humana.
Os pesquisadores alertam que as concentrações de substâncias como clorpirifós e carbendazim podem causar sérios riscos à vida aquática e à cadeia alimentar. Cláudio Taveira Parente, doutor em Biofísica, enfatiza que a poluição química pode levar a problemas de saúde, como câncer e malformações. Além disso, a contaminação pode se espalhar por longas distâncias, com ventos transportando agrotóxicos a mais de 400 quilômetros de onde foram aplicados.
Os dados do MapBiomas mostram que o uso de agrotóxicos tem aumentado nas regiões onde estão localizados os parques, como Itatiaia e Resende. O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com um consumo anual superior a 700 mil toneladas, o que representa um aumento significativo em relação a anos anteriores. Recentemente, o estado do Mato Grosso aprovou leis que permitem a aplicação de agrotóxicos em áreas próximas a residências e fontes de água, o que tem gerado preocupações entre especialistas e ativistas ambientais.
A pesquisa destaca a necessidade de uma mudança nas políticas de uso de agrotóxicos, especialmente em áreas protegidas. O estudo também menciona que a contaminação por agrotóxicos não é um problema exclusivo do Brasil, tendo sido observada em parques nacionais de outros países, como os Estados Unidos e Uganda. A situação exige uma resposta urgente para proteger a saúde pública e a biodiversidade.
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