05 de abr 2025
Cerca de 600 mil famílias do Rio de Janeiro vivem em áreas de risco de deslizamentos e inundações
Estudo inédito revela que 600 mil famílias no Rio vivem em áreas de risco. Rocinha é a comunidade mais afetada, com mais de 10 mil casas vulneráveis. Um em cada cinco domicílios da cidade está em risco de desastres naturais. A prefeitura investiu R$ 3 bilhões em prevenção desde 2021, mas falhas persistem. Muitas áreas vulneráveis carecem de sirenes de alerta para chuvas intensas.
Imagens aéreas após chuva na Zona Norte do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Um estudo inédito do Serviço Geológico Brasileiro, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Prefeitura do Rio de Janeiro revelou que aproximadamente seiscentas mil famílias residem em áreas vulneráveis a deslizamentos e inundações. O levantamento identificou cento e quarenta e dois mil domicílios em alta vulnerabilidade, com a comunidade da Rocinha sendo a mais afetada, apresentando mais de dez mil casas em risco.
Os dados indicam que uma em cada cinco residências na cidade está localizada em áreas propensas a desastres relacionados à chuva. O estudo também destacou que cento e trinta e um mil imóveis estão sob risco de inundação, enquanto nove mil setecentas e noventa e seis casas enfrentam risco de deslizamento. As regiões da Zona Norte e da Zona Oeste concentram a maior parte das residências vulneráveis, com duzentas e noventa e três mil casas na Zona Norte e mais de cento e setenta mil na Zona Oeste.
A professora do Instituto de Computação da UFF, Mariza Ferro, afirmou que o estudo não focou em áreas específicas, mas buscou uma visão geral da cidade. Ela ressaltou que a maioria dos domicílios em alto risco está em regiões carentes. Além disso, o estudo revelou que muitas áreas vulneráveis não possuem sirenes de alerta para chuvas, com a maioria dos equipamentos concentrados nas zonas Norte e Sul.
A Prefeitura do Rio informou que, desde 2021, investiu mais de R$ 3 bilhões em iniciativas de prevenção contra problemas causados pela chuva, incluindo obras de drenagem e estabilização de encostas. Em relação à falta de sirenes na Zona Oeste, a prefeitura explicou que a instalação dos equipamentos seguiu o mapeamento da fundação Geo-Rio, que identificou as áreas de maior risco geológico.
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