08 de abr 2025
Privação de sono afeta metabolismo e saúde cerebral, revelam estudos recentes
Privação do sono impacta o metabolismo celular e aumenta riscos de doenças neurodegenerativas, revelam novos estudos.
Um homem com insônia, uma doença que afeta entre 20% e 40% da população espanhola. (Foto: José Miguel Sánchez/Getty Images)
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A privação do sono é um problema crescente que afeta a saúde de milhões de pessoas. Uma nova revisão científica publicada na revista Science Signaling destaca que a falta de sono prejudica o metabolismo celular, impactando funções cognitivas e aumentando o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Os autores afirmam que dormir mal altera o funcionamento metabólico de diversas células, incluindo neuronas, o que afeta a memória e a cognição a longo prazo.
O estudo revela que a privação do sono resulta em um desequilíbrio na homeostase energética, levando a um déficit de energia para atividades essenciais, como a formação de memórias. A coordenadora da Unidade do Sono do Hospital Sant Pau, Ana Fortuna, explica que a falta de sono provoca alterações na regulação hormonal, favorecendo a inflamação e o estresse oxidativo, fatores que podem contribuir para doenças cardiovasculares e metabólicas.
Os pesquisadores da Universidade de Saint Joseph (Estados Unidos) analisaram como a falta de sono afeta diferentes tipos de células, incluindo as do cérebro. Durante o sono, o cérebro realiza um "limpeza" de toxinas e fortalece as conexões neuronais, processos que são comprometidos pela privação do sono. A revisão sugere que a falta de sono pode ser um fator precipitante para doenças neurodegenerativas, com perfis metabólicos semelhantes aos observados em condições como Alzheimer e Parkinson.
Os cientistas alertam que os efeitos da privação do sono podem ser duradouros e que a recuperação do sono não é simples. A coordenadora do grupo de trabalho de Cronobiologia da Sociedade Espanhola do Sono, María José Martínez Madrid, afirma que o dano metabólico acumulado não pode ser facilmente revertido. A Sociedade Espanhola de Neurologia estima que entre 20% e 48% da população enfrenta problemas de sono, evidenciando a necessidade de tratar a privação do sono como um sério problema de saúde pública.
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