03 de fev 2025
Sonecas longas aumentam em 23% o risco de AVC, revela estudo da Universidade Fudan
Estudo da Universidade Fudan revela que cochilos acima de 60 minutos aumentam risco de derrame em 23% em pessoas acima de 50 anos. Cochilos curtos de 30 a 40 minutos podem melhorar a concentração, mas longos estão associados a diabetes tipo 2 e morte prematura. Pesquisa analisou dados de mais de 90.000 pessoas, destacando a relação entre sono noturno insuficiente e riscos à saúde. Especialistas recomendam cochilos de 20 a 30 minutos para revitalização sem prejudicar o sono noturno. Hábitos saudáveis de sono, como desconectar de eletrônicos, são essenciais para prevenir problemas cognitivos futuros.
O sono adequado está relacionado a um melhor desempenho cognitivo e a uma maior capacidade de concentração, memória e tomada de decisões. (Foto: Freepik)
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Um novo estudo do Instituto de Nutrição da Universidade Fudan, em Xangai, revela que cochilar por mais de uma hora após o almoço pode aumentar o risco de derrame em 23%. A pesquisa analisou dados de mais de 90.000 pessoas com mais de 50 anos e constatou que aqueles que dormiam regularmente por mais de 60 minutos apresentavam maior risco de diabetes tipo 2 e morte prematura. Os pesquisadores destacam que a falta de sono noturno adequado, com menos de sete horas, agrava esses riscos.
Cerca de 100.000 pessoas no Reino Unido sofrem derrames anualmente, e os cientistas sugerem que rotinas de sono inadequadas podem causar inflamação nos vasos sanguíneos do cérebro, aumentando a probabilidade de coágulos. “Cochilar durante o dia é comum, mas longos cochilos podem ter consequências adversas”, afirmam os pesquisadores. Eles recomendam sonecas curtas de 20 a 30 minutos entre 13h e 15h, que podem melhorar a concentração sem interferir no sono noturno.
Estudos anteriores, como o da University College of London, indicam que cochilos curtos podem estar associados a um maior volume cerebral, um indicador de boa saúde cognitiva. A autora sênior, Victoria Garfield, sugere que esses cochilos podem ajudar a preservar a saúde do cérebro com o envelhecimento. Além disso, um estudo da Universidade de Bristol mostrou que mesmo breves períodos de sono melhoram o processamento de informações.
Por outro lado, a neurologista Verna Porter alerta que sonolência excessiva durante o dia pode sinalizar problemas cognitivos futuros, especialmente em pessoas de meia-idade. Distúrbios do sono, como apneia e insônia, podem contribuir para mudanças neurodegenerativas, aumentando o risco de demência. Para evitar esses problemas, especialistas recomendam a higiene do sono, que inclui desconectar-se de dispositivos eletrônicos antes de dormir e manter uma rotina regular de sono.
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