08 de abr 2025
Rachel Aviv explora os limites da saúde mental e da justiça criminal em seu novo livro
Rachel Aviv, jornalista da The New Yorker, lança seu primeiro livro, "(Somos) estranhos para nós mesmos", que investiga a psiquiatria e suas falhas. A obra analisa casos psiquiátricos, revelando como diagnósticos muitas vezes falham em considerar contextos sociais e estruturais. Aviv, que enfrentou a anorexia na infância, utiliza sua experiência para explorar a linha tênue entre normalidade e patologia, destacando histórias de indivíduos cujas vidas foram moldadas por diagnósticos inadequados. O livro critica a evolução da psiquiatria nos Estados Unidos, onde a medicalização prevalece sobre a compreensão profunda das condições mentais.
Retrato da autora Rachel Aviv (Foto: LUNDWERG EDITORES)
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Rachel Aviv, jornalista da revista The New Yorker desde dois mil e treze, lança seu primeiro livro, (Somos) estranhos para nós mesmos, que explora casos psiquiátricos e questiona a forma como a saúde mental é entendida na sociedade. Aviv, que tem uma experiência pessoal com anorexia, utiliza sua vivência para abordar a interseção entre saúde mental e justiça criminal, destacando histórias de indivíduos que enfrentam diagnósticos muitas vezes inadequados.
O livro apresenta perfis de quatro protagonistas cujos casos revelam as limitações da psiquiatria tradicional. Aviv discute como diagnósticos, frequentemente baseados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), falham em considerar fatores sociais e estruturais que influenciam a saúde mental. Por exemplo, Bapu, uma mulher indiana, e Naomi, uma mãe solteira, enfrentam realidades que vão além das classificações médicas.
Um dos casos mais impactantes é o de Ray, que, após um episódio depressivo, se tornou um marco na evolução da psiquiatria nos Estados Unidos. Sua experiência em um instituto que rejeitava a medicação em favor do psicanálise culminou em uma mudança significativa na abordagem psiquiátrica, priorizando explicações neurobiológicas e a prescrição de medicamentos. Aviv critica essa transformação, que reduziu a complexidade do tratamento em listas de sintomas.
A obra de Aviv não apenas narra histórias individuais, mas também provoca uma reflexão sobre a arbitrariedade dos diagnósticos e a fragilidade da linha entre normalidade e patologia. (Somos) estranhos para nós mesmos é uma análise profunda que desafia a forma como a sociedade percebe e trata a saúde mental, revelando a necessidade de uma abordagem mais compreensiva e empática.
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