10 de abr 2025
Cortes drásticos da administração Trump afetam quase 800 projetos de pesquisa do NIH
Cortes drásticos no NIH sob Trump resultam no cancelamento de quase 800 projetos, afetando pesquisas cruciais sobre COVID 19 e HIV/AIDS.
Cientistas e outros têm protestado contra os cortes massivos na pesquisa realizados pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) pela administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. (Foto: Dominic Gwinn/Middle East Images/AFP via Getty)
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O governo de Donald Trump tem promovido cortes drásticos no financiamento de pesquisas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), resultando na interrupção de quase oitocentos projetos de pesquisa. Esses cortes, que começaram há menos de cinquenta dias, afetam áreas consideradas problemáticas pela administração, incluindo estudos sobre COVID-19 e HIV/AIDS. A análise da revista Nature revela que 17% dos projetos cancelados estão relacionados ao COVID-19 e 29% ao HIV/AIDS, impactando especialmente a saúde de minorias sexuais e de gênero.
Cerca de dois bilhões e trezentos milhões de dólares foram retirados do financiamento de pesquisas, forçando muitos cientistas a interromperem seus trabalhos e demitirem funcionários. A decisão de cancelar esses projetos, apesar de terem sido bem avaliados durante o processo de revisão, foi criticada por Francis Collins, ex-diretor do NIH, que afirmou que isso compromete o compromisso do governo com a pesquisa médica. O NIH, com um orçamento anual de 47 bilhões de dólares, é o maior financiador público de pesquisa biomédica do mundo.
Os cortes têm afetado desproporcionalmente áreas que tratam da saúde de pessoas trans e da comunidade LGBT+, onde cerca de cinquenta por cento dos financiamentos foram cortados em comparação ao que foi concedido em 2024. A administração Trump justifica os cortes alegando que a pandemia de COVID-19 está sob controle e que a pesquisa sobre HIV/AIDS não é uma prioridade. Além disso, a decisão de cancelar projetos em universidades, incluindo a Universidade Columbia, foi motivada por alegações de que a instituição não protegeu adequadamente seus alunos durante protestos.
Os impactos dos cortes se estendem a estados que votaram tanto em Trump quanto em seus opositores, com Washington sendo o mais afetado em termos relativos. Pequenas universidades e instituições historicamente negras também enfrentam perdas significativas, evidenciando que os cortes não se restringem apenas a grandes centros de pesquisa. A situação levanta preocupações sobre o futuro da pesquisa científica nos Estados Unidos e a saúde de populações vulneráveis.
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