15 de abr 2025
Maryland inova no combate a overdoses com tecnologia de análise rápida de drogas
Programa RaDAR do NIST revela novos compostos perigosos em drogas, como xylazine e BTMPS, impactando a crise de overdoses em Maryland.
Mãos com luvas inserem uma tira de teste em um tubo - Um pesquisador de campo do Departamento de Saúde da Cidade de Nova York testa uma amostra de heroína para xylazine. (Foto: Reprodução)
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Em 2021, o estado de Maryland enfrentou um aumento significativo nas mortes por overdose, principalmente devido ao uso de fentanil. Para entender melhor essa crise, autoridades locais buscaram a ajuda do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), que desenvolveu o programa RaDAR. Essa iniciativa permite a análise rápida de substâncias em drogas, revelando a presença de compostos perigosos como xylazine e o novo BTMPS.
O programa RaDAR, iniciado em outubro de 2021, utiliza técnicas avançadas de espectrometria de massa para detectar traços de substâncias em amostras de drogas. Os resultados são disponibilizados em até 24 horas, permitindo que profissionais de saúde e de redução de danos obtenham informações cruciais sobre a composição das drogas. Em análises iniciais, 80% das amostras de opioides continham xylazine, um sedativo veterinário que pode causar ferimentos graves.
Além de xylazine, o NIST identificou adulterantes perigosos como acetaminofeno e veneno para ratos nas drogas analisadas. O laboratório processa entre 700 e 1.000 amostras mensais, com a maioria proveniente de organizações de saúde pública. A análise também revelou que a composição do fentanil varia significativamente entre diferentes regiões dos Estados Unidos, com Maryland apresentando duas fontes distintas do composto.
Recentemente, o RaDAR detectou a presença do BTMPS, um químico industrial que pode dificultar o tratamento de overdoses. Essa descoberta levanta preocupações sobre a evolução do mercado de drogas. Apesar da complexidade do cenário, dados indicam uma queda nas mortes por overdose nos últimos anos, possivelmente devido ao aumento da conscientização sobre os riscos associados ao uso de substâncias.
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