Saúde

Desigualdade racial agrava mortes maternas por hipertensão no Brasil, aponta estudo da Unicamp

Estudo da Unicamp revela que mortes maternas por hipertensão no Brasil são alarmantes, com desigualdade racial e impacto da pandemia.

Estudo mostra que as mortes maternas por hipertensão ainda são altas (Foto: Getty Images/Tetra images RF)

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Estudo aponta disparidades raciais e aumento de mortes por hipertensão na gravidez

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que a taxa de óbitos maternos por hipertensão no Brasil foi de 61,8 a cada 100 mil nascimentos entre 2012 e 2023. A pesquisa destaca a relação entre as mortes e a desigualdade social, com disparidades raciais alarmantes.

Desigualdade racial e acesso à saúde

No período analisado, mulheres indígenas apresentaram uma taxa de mortalidade por hipertensão mais de duas vezes superior à de mulheres brancas. Já a taxa entre mulheres pretas foi quase três vezes maior que a das brancas. Especialistas apontam que a maior vulnerabilidade desses grupos está ligada à pobreza, menor acesso à educação e barreiras no acesso a cuidados de saúde de qualidade.

Impacto da pandemia e aumento de casos

O estudo identificou que, em 2022, houve o maior número de casos proporcionais de morte por hipertensão na gravidez: 11,94 a cada 100 mil nascimentos. Pesquisadores atribuem esse aumento à pandemia de Covid-19, que desorganizou os serviços de saúde e impactou a assistência obstétrica.

Prevenção e tratamento precoce

De acordo com o professor José Paulo Guida, da Unicamp, o pré-natal de qualidade é crucial para a prevenção de mortes maternas. Ele ressalta que o início do pré-natal deve ser o mais cedo possível, idealmente antes da 16ª semana de gestação. Medicamentos acessíveis, como carbonato de cálcio e ácido acetilsalicílico, podem reduzir em 40% as chances de complicações quando administrados precocemente.

Sinais de alerta e importância da intervenção médica

Gestantes devem procurar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas como dor de cabeça constante, inchaço significativo, dor de estômago e pontinhos brilhantes na vista. A intervenção com sulfato de magnésio é fundamental para reduzir o risco de convulsões e, consequentemente, de morte. O estudo também aponta que mulheres com mais de 40 anos apresentam maior risco de complicações devido à hipertensão.

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