Saúde

"Ativista luta para salvar árvores de shea na Uganda e preservar modo de vida local"

Mustafa Gerima mobiliza comunidades em Uganda para salvar as árvores de shea, ameaçadas pelo corte para carvão e mudanças climáticas.

Mustafa Gerima, apelidado de "Mr Shea", quer que os ugandenses entendam o valor das nozes de shea. (Foto: BBC)

Mustafa Gerima, apelidado de "Mr Shea", quer que os ugandenses entendam o valor das nozes de shea. (Foto: BBC)

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Mustafa Gerima, um ambientalista em Uganda, está mobilizando comunidades para proteger as árvores de shea, conhecidas como "ouro das mulheres". O governo local proibiu o corte dessas árvores, que estão ameaçadas pela degradação ambiental e pela produção de carvão. Gerima, que abandonou sua carreira como professor, ficou alarmado ao ver a devastação da Reserva Florestal Central de Mount Kei, onde antes havia uma abundância de árvores de shea.

A perda de árvores de shea é alarmante, com Uganda perdendo cerca de 100 mil hectares de cobertura florestal anualmente. As comunidades locais, afetadas pela pobreza e pela mudança climática, têm cortado as árvores para produzir carvão, que é mais lucrativo do que o óleo extraído de seus frutos. Gerima observa que a produção de nozes de shea tem diminuído devido a secas prolongadas, afetando diretamente a renda de produtores locais como Mariam Chandiru, que viu sua produção cair de cinco para apenas dois galões de óleo por semana.

Iniciativas de Proteção

Para reverter essa situação, iniciativas de replantio e uso de tecnologia estão sendo implementadas. Gerima realiza caminhadas e palestras para conscientizar a população sobre a importância das árvores de shea. Ele planeja lançar um projeto de monitoramento de árvores e integrar a conservação ao currículo escolar. Além disso, especialistas como o professor John Bosco Okullo, da Universidade Makerere, estão utilizando inteligência artificial para mapear árvores maduras e prever a produção.

O governo de Uganda reconheceu a vulnerabilidade das árvores de shea e, em 2023, tornou ilegal o corte para carvão. No entanto, a aplicação dessa lei tem sido inconsistente, especialmente em áreas urbanas onde a demanda por carvão é alta. Okullo destaca que, sem alternativas de energia, a pressão sobre as árvores de shea continuará.

Gerima enfatiza que a preservação das árvores de shea é crucial para o futuro das comunidades locais. Ele acredita que a proteção dessas árvores deve ser uma responsabilidade coletiva, visando garantir um legado sustentável para as próximas gerações.

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