01 de mai 2025
Bill Gates enfrenta desafios na filantropia após encontro com Donald Trump em Mar-a-Lago
Bill Gates enfrenta desafios sem precedentes após cortes na assistência externa dos EUA, ameaçando o futuro da Fundação Gates.
Bill Gates durante discurso na Índia (Foto: Arun Sankar - 19.mar.25/AFP)
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Bill Gates, fundador da Microsoft, participou de um jantar com Donald Trump em Mar-a-Lago no dia 27 de dezembro. O encontro, que durou três horas, surpreendeu alguns presentes. Gates saiu impressionado com o interesse de Trump em saúde global, especialmente sobre a pólio. Contudo, menos de um mês após o jantar, Trump tomou posse e começou a desmantelar a assistência externa dos Estados Unidos, afetando diretamente as operações da Fundação Gates.
A Fundação Gates, que celebra seu 25º aniversário, enfrenta desafios significativos. Com doações anuais de US$ 9 bilhões, a fundação tem contribuído para a redução da mortalidade infantil global. No entanto, após o congelamento da assistência externa e cortes na Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), a fundação se vê ameaçada. Programas essenciais, como a pesquisa de vacinas contra a malária e a entrega de alimentos terapêuticos, foram eliminados.
Desafios e Respostas
Os cortes nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e nos Institutos Nacionais de Saúde também impactaram a saúde global. A fundação, que não presta serviços diretamente, depende de parcerias com governos e agências de ajuda. A decisão de Trump de encerrar o apoio à Gavi, organização que ajuda países pobres a adquirir vacinas, foi um golpe duro para Gates, que foi cofundador da entidade.
Funcionários da fundação expressaram preocupação com a possibilidade de retaliações do governo Trump. A fundação adotou medidas cautelosas, como restringir comunicações por e-mail e redes sociais. Mark Suzman, CEO da fundação, afirmou que o foco é preservar o financiamento para a Gavi e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária.
Repercussões e Futuro
A Fundação Gates, agora a maior financiadora da Organização Mundial da Saúde (OMS), é vista como um ator crucial na saúde global. Desde o início das interrupções, centenas de cientistas e grupos de ajuda buscaram apoio da fundação. Suzman destacou que a fundação comprometeu US$ 30 milhões para avaliar lacunas deixadas pelos cortes da Usaid.
A fundação enfrenta um cenário desafiador, com a necessidade de se adaptar a um novo ambiente político. A pressão sobre instituições filantrópicas aumentou, e a fundação busca aliados em Washington. A situação atual levanta preocupações sobre o futuro do financiamento e a continuidade de seus programas essenciais.
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