Saúde

Epidemiologista alerta sobre retorno das ideias eugenistas e seus perigos sociais

Ideias eugenistas ressurgem, alertam cientistas. Genevieve L. Wojcik destaca o perigo do nacionalismo branco e da pseudociência.

Mulher africana: em termos biológicos, não existem raças com contorno definido, apenas um grande número de variações físicas entre os seres humanos (Foto: Helen Groves para Pixabay)

Mulher africana: em termos biológicos, não existem raças com contorno definido, apenas um grande número de variações físicas entre os seres humanos (Foto: Helen Groves para Pixabay)

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Genevieve L. Wojcik, professora de epidemiologia da Universidade Johns Hopkins, alerta que ideias eugenistas estão ressurgindo. Em artigo na revista Nature, ela destaca que é crucial que os cientistas se mobilizem contra essas ideias, que tentam justificar o supremacismo racial.

O movimento eugenista, que surgiu no final do século XIX, defendia a "melhoria genética" da população. Essa proposta incluía a promoção da reprodução de indivíduos considerados superiores e a restrição da reprodução de indivíduos avaliados como inferiores. Wojcik observa que, um século depois, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações que ecoam essas ideias, afirmando que "há muitos genes ruins em nosso país no momento", referindo-se a imigrantes.

Mobilização contra o Nacionalismo Branco

Wojcik enfatiza que, se não houver uma mobilização, o nacionalismo branco pode crescer em várias partes do mundo, ameaçando o progresso científico e a luta por um mundo mais igualitário. Ela critica a pseudociência que distorce a biologia racial, como a ideia de que diferentes "raças" têm biologias distintas.

A professora explica que, apesar das diferenças fenotípicas, as variações genéticas entre grupos com características físicas semelhantes são mínimas. Um exemplo é a hemoglobinopatia, cuja prevalência varia conforme a região geográfica, mostrando que a categorização racial é prejudicial à ciência.

A Necessidade de Combater a Pseudociência

Wojcik conclui que a heterogeneidade genética deve ser considerada em pesquisas. Ignorar essas diferenças ao tratar pacientes como pertencentes a uma única "raça" pode levar a conclusões erradas. A professora alerta que a luta contra o eugenismo e o nacionalismo branco é essencial para garantir um futuro mais justo e científico.

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