Saúde

Cresce a necessidade de combater a pseudociência e o racismo na pesquisa genética

Líderes políticos, como Donald Trump e Robert F. Kennedy Jr., resgatam ideias eugênicas, desafiando a ciência e promovendo discriminação racial na saúde.

Construções sociais de identidade baseadas em descendência, como raça e etnia, não se alinham com agrupamentos genéticos. (Foto: Adamkaz/Getty)

Construções sociais de identidade baseadas em descendência, como raça e etnia, não se alinham com agrupamentos genéticos. (Foto: Adamkaz/Getty)

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Recentemente, líderes políticos como Donald Trump e Robert F. Kennedy Jr. têm utilizado linguagem e conceitos eugênicos, sugerindo que diferenças raciais justificam tratamentos médicos distintos. Essa retórica desafia a ciência moderna e levanta preocupações sobre o avanço do nacionalismo branco.

Em um evento de campanha em outubro, Trump afirmou que o país possui "muitos genes ruins". Essa declaração ecoa a Johnson–Reed Act de mil novecentos e vinte e quatro, que limitou a imigração com base em ideias eugênicas. A crescente aceitação de tais ideias pode ameaçar o progresso em direção a uma sociedade mais equitativa.

Kennedy, atual chefe do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, defendeu que crianças negras deveriam receber esquemas de vacinação diferentes dos de crianças brancas. Essa afirmação foi criticada por distorcer dados científicos e promover a crença falsa de que diferentes "raças" têm biologia inerentemente distinta.

A ciência moderna rejeita a ideia de que categorias sociais como raça e etnia correspondem a agrupamentos genéticos. Pesquisas mostram que a diversidade é crucial para a ciência e a saúde pública. O uso de categorias raciais pode obscurecer variações importantes dentro das populações, levando a conclusões erradas sobre saúde.

Estudos demonstram que a inclusão de participantes diversos em pesquisas aumenta a chance de identificar variantes genéticas relevantes para a saúde. A abordagem de "medicina baseada em raça" está sendo cada vez mais questionada, à medida que se reconhece que fatores como genética, localização geográfica e condições socioeconômicas são mais relevantes para a saúde do que a raça.

A crescente aceitação de que identidades sociais não se alinham com agrupamentos genéticos é um passo importante. Organizações como as Academias Nacionais de Ciências dos Estados Unidos enfatizam a necessidade de diversidade em pesquisas genéticas e biomédicas, destacando que isso resulta em maior produtividade e impacto positivo na sociedade.

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