03 de mai 2025
EPA anuncia novas medidas contra PFAS, mas especialistas apontam lacunas preocupantes
EPA dos EUA enfrenta críticas ao solicitar prazos adicionais para regulamentar PFAS, substâncias químicas perigosas na água potável.
Foto tirada em 3 de julho de 2017 em Meautis mostra a linha de produção de uma planta da cooperativa agrícola francesa na indústria de laticínios 'Les Maitres laitiers du Cotentin'. A planta fabrica produtos lácteos destinados ao mercado da China. (Foto: CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images)
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A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) anunciou novas medidas para enfrentar a contaminação por substâncias químicas per- e polifluoroalquiladas (PFAS), que afetam quase metade da água potável no país. No entanto, especialistas em saúde pública expressam preocupações sobre a falta de detalhes nas novas diretrizes. Dr. Erik Olson, do Conselho de Defesa de Recursos Naturais, afirmou que as promessas feitas são vagas e não refletem a gravidade da crise de saúde pública.
As PFAS, conhecidas como "químicos eternos" por sua persistência no meio ambiente, estão associadas a diversos problemas de saúde, como câncer e problemas reprodutivos. A EPA, sob a administração Biden, havia estabelecido prazos para que sistemas de água eliminassem essas substâncias até dois mil e vinte e nove. Contudo, a agência solicitou prazos adicionais para decidir sobre a regulamentação, o que gerou críticas.
Críticas e Desafios
A EPA enfrentou ações judiciais de associações industriais que alegam que as novas regras são onerosas. A agência, por sua vez, defendeu as normas, mas a situação se complicou com a entrada da administração Trump, que suspendeu a litigação. O último prazo para a decisão sobre as PFAS foi prorrogado para trinta de maio.
A EPA anunciou que suas ações visam fortalecer a pesquisa e a comunicação sobre PFAS, mas especialistas como Melanie Benesh, do Grupo de Trabalho Ambiental, alertam que a falta de clareza nas medidas levanta "sinais vermelhos". A redução do orçamento da EPA em sessenta e cinco por cento e a demissão de mais de mil funcionários podem comprometer a eficácia das novas diretrizes.
Futuro das Regulamentações
As novas medidas incluem a designação de um responsável pela coordenação de ações contra PFAS e a criação de diretrizes para limitar a entrada dessas substâncias em sistemas de água. No entanto, se a EPA abandonar as ações da administração Biden, isso representaria um retrocesso significativo para a saúde pública, segundo Brian Ronholm, da Consumer Reports.
A EPA também disponibilizou um bilhão de dólares para ajudar estados a desenvolverem tratamentos e testes para PFAS. Especialistas recomendam que a população se informe sobre as ações de suas concessionárias de água e considere o uso de filtros certificados para reduzir a exposição a essas substâncias.
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