Saúde

Pesquisadores comparam uso de telas a consumo de álcool para avaliar riscos em adolescentes

Pesquisadores sugerem usar critérios de consumo de álcool para avaliar o uso de telas por adolescentes, gerando polêmica e críticas.

Botellón na Praça do Rastrillo (bairro de Malasaña) por volta da 1 da madrugada no mês de agosto. (Foto: DAVID EXPOSITO)

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Pesquisadores da Universidade de Washington propuseram uma abordagem controversa para avaliar o uso de dispositivos móveis entre adolescentes, sugerindo que critérios de consumo de álcool sejam aplicados. O estudo, coautorado por Dimitri A. Christakis, defende que, assim como o álcool, o uso de telas deve ser monitorado com consciência e moderação.

Os autores argumentam que o tempo de uso de telas não é suficiente para determinar se a experiência é saudável ou prejudicial. Eles criaram uma tabela adaptada dos critérios do Instituto Nacional sobre o Abuso do Álcool e do Álcool, categorizando o uso de dispositivos em moderado, intenso, excessivo e problemático. Christakis afirma que passar mais de nove horas diárias em frente a uma tela é excessivo e pode indicar padrões de uso problemático.

No entanto, essa analogia com o consumo de álcool gerou críticas. Especialistas como Maialen Garmendia e David Smahel destacam que comparar o uso de telas com o consumo de álcool é simplista. Eles argumentam que o impacto do uso de dispositivos móveis varia conforme o contexto e o tipo de conteúdo consumido. Smahel ressalta que o tempo online não é um critério adequado para diagnosticar adição, sendo necessário considerar fatores como conflitos interpessoais e mudanças de humor.

A urgência em classificar o uso de telas entre adolescentes é crescente, com mais de seis milhões de jovens nos Estados Unidos apresentando o que é considerado uso excessivo. Verônica Donoso, pesquisadora associada na Universidade Católica de Lovaina, alerta que reduzir o problema a uma única tipologia pode ser contraproducente, pois não leva em conta as diversas realidades dos adolescentes.

O debate acadêmico sobre o impacto das telas continua, refletindo a necessidade de uma análise mais profunda e contextualizada sobre o uso de dispositivos móveis entre os jovens.

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