Saúde

Amizade entre gorilas-das-montanhas revela impactos positivos e negativos à saúde

Amizades entre gorilas das montanhas podem impactar saúde e reprodução, revelando complexidades nas dinâmicas sociais desses primatas.

Estudo analisou gorilas-das-montanhas de Ruanda (Foto: Wikimedia Commons)

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A amizade entre gorilas-das-montanhas pode ser tanto benéfica quanto prejudicial à saúde, conforme revela um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. A pesquisa, que acompanhou 164 gorilas por mais de duas décadas no Parque Nacional dos Vulcões, em Ruanda, destaca a influência de fatores como sexo e tamanho do grupo nas relações sociais desses primatas.

Os gorilas-das-montanhas (Gorilla beringei beringei) são uma das subespécies de gorilas-orientais e estão entre os primatas mais ameaçados do mundo. Eles vivem em grupos familiares, geralmente liderados por um macho dominante. O estudo mostrou que machos com laços sociais mais fortes apresentavam maior frequência de doenças, mas menor probabilidade de se ferirem em brigas. Por outro lado, fêmeas sociáveis em grupos pequenos tinham menos doenças, mas geravam menos filhotes.

Robin Morrison, da Universidade de Zurique, afirmou que “ter muitos relacionamentos sociais fortes geralmente é algo muito bom – mas às vezes não é”. Essa pesquisa sugere que características antes vistas como negativas, como ter poucos vínculos sociais, podem ser vantajosas em certos contextos.

Dinâmica Social e Saúde

Os motivos por trás dessas associações ainda não são totalmente compreendidos. Para os machos, a manutenção de laços estreitos pode exigir energia extra, resultando em estresse e comprometendo o sistema imunológico. Já para as fêmeas, viver em grupos maiores pode prejudicar a imunidade, mas favorece a reprodução, pois há mais apoio na busca por recursos e no cuidado dos filhotes.

O estudo analisou a força dos laços sociais, o grau de integração no grupo e fatores como tamanho da comunidade e conflitos externos. Sam Ellis, da Universidade de Exeter, coautor da pesquisa, explicou que “o tipo social ‘ideal’ vai depender do sexo, idade, número de filhotes e do grupo social mais amplo de cada indivíduo”. Assim como em humanos, o ambiente social é um dos principais indicadores de saúde e longevidade nos gorilas.

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