Governo registra queda de 21% nos óbitos da população Yanomami em um ano

Dados do Ministério da Saúde, divulgados em 5 de maio de 2024, mostram uma redução de 21% nos óbitos entre a população Yanomami, principalmente por doenças evitáveis. Essa melhora é atribuída ao aumento de profissionais de saúde e à reabertura de polos de atendimento.

Entre 2023 e 2024, houve uma queda de 47% nos óbitos por infecções respiratórias agudas, 42% por malária e 20% por desnutrição. O número de profissionais de saúde na região mais que dobrou, passando de 690 para 1.781. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o compromisso do governo em garantir assistência à população Yanomami, após um período de desassistência.

Sete polos de saúde foram reabertos, permitindo atendimento a 5.224 indígenas. O investimento em infraestrutura e qualificação do atendimento totalizou R$ 256 milhões em 2024. O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, afirmou que todos os 37 polos estão funcionando, o que reduziu o vazio assistencial.

A desnutrição grave em crianças menores de cinco anos caiu de 24,2% em 2023 para 19,2% em 2024. O número de atendimentos por infecções respiratórias aumentou em 270%, com uma redução de 73% na letalidade. O aumento de atendimentos médicos e nutricionais foi significativo, com os nutricionistas registrando um crescimento de 461%.

A malária também apresentou resultados positivos, com uma redução de 42% nos óbitos. O número de diagnósticos positivos aumentou em 9,7%, refletindo a ampliação das equipes de saúde e ações de vigilância. O acesso ao diagnóstico e à assistência melhorou, impactando diretamente na redução da letalidade.

Além disso, houve um aumento de 65% na aplicação de vacinas de rotina. Foram aplicadas 53.477 doses em 2024, em comparação a 32.352 em 2023. Essas ações demonstram um avanço significativo na saúde da população Yanomami, com foco na recuperação e melhoria das condições de vida.