Saúde dos yanomami melhora com reabertura de unidades e aumento de profissionais em 2024

Em janeiro de 2023, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde no território yanomami, devido à crise humanitária provocada pelo garimpo ilegal e pelo descaso do governo anterior. Recentemente, uma reportagem da jornalista Sônia Bridi, exibida no Fantástico, destacou melhoras nas condições sanitárias da região.

Em 2023, sete unidades de saúde estavam fechadas, deixando mais de 5.000 indígenas sem acesso a cuidados médicos. Em abril de 2024, todas essas unidades foram reabertas, e uma nova unidade hospitalar está em construção, com previsão de operação até 2026. O investimento em infraestrutura aumentou 2,5 vezes entre 2022 e 2024.

O número de profissionais de saúde no território yanomami cresceu de 690 para 1.781 entre 2023 e 2024. O efetivo de nutricionistas subiu de sete para 36. A instalação de pontos de internet possibilitou a implementação da telessaúde, facilitando o acesso a especialidades como pediatria e ginecologia.

Resultados Positivos

Com essas melhorias, houve uma redução de 21% nos óbitos entre 2023 e 2024. O percentual de crianças menores de cinco anos com muito baixo peso caiu de 24% para 19%. Além disso, os óbitos por malária diminuíram em 42%. A detecção de casos de malária também aumentou, com 34 mil diagnósticos em 2024, representando 65% dos casos em territórios indígenas.

O esforço para realizar testes de malária por meio de busca ativa resultou em um aumento de 10% nos casos diagnosticados em relação ao ano anterior. Apesar das melhorias, a situação ainda requer atenção, e o trabalho não se limita ao Ministério da Saúde. É essencial garantir que os retrocessos enfrentados entre 2019 e 2022 não se repitam, envolvendo também questões de meio ambiente e segurança nacional.