Inteligência artificial analisa 57 milhões de prontuários médicos no Reino Unido

Um modelo de inteligência artificial (IA) chamado Foresight foi aplicado pela primeira vez a registros de saúde de 57 milhões de pacientes do Serviço Nacional de Saúde (NHS) da Inglaterra. O modelo prevê hospitalizações, infartos e diversas outras condições de saúde. A aplicação ocorreu em um ambiente seguro, restrito a pesquisas sobre COVID-19.

A pesquisa foi apresentada em uma coletiva de imprensa em 6 de maio. Angela Wood, cientista de dados de saúde da Universidade de Cambridge, destacou que este é um avanço significativo na utilização de IA em saúde. O modelo anterior foi treinado com dados de 1,5 milhão de pessoas em Londres e demonstrou eficácia em prever diagnósticos futuros.

Os dados utilizados foram desidentificados, removendo informações pessoais como nomes e endereços. Michael Chapman, diretor de acesso a dados do NHS, afirmou que as previsões geradas pela IA serão revisadas antes de serem divulgadas. Embora os pacientes possam solicitar que seus registros de médicos não sejam utilizados para pesquisa, não é possível retirar outros tipos de dados do modelo.

Se as previsões do Foresight se mostrarem eficazes em populações diversas, a IA poderá auxiliar na orientação do cuidado individual e na alocação de recursos do NHS. A crescente integração da IA na pesquisa médica tem mostrado resultados promissores, superando, em alguns casos, a capacidade humana em diagnósticos e outras tarefas médicas.