Saúde

Leptospirose atinge recorde de casos no Rio Grande do Sul após enchentes de 2023

Casos de leptospirose no Rio Grande do Sul superam mil após enchentes, alertando para riscos em áreas não inundadas.

Operação de resgate com o helicóptero do Corpo de Bombeiros na Região Metropolitana de Porto Alegre, em 2024; mudanças climáticas devem intensificar enchentes e alagamentos (Foto: Lauro Alves/Secom)

Operação de resgate com o helicóptero do Corpo de Bombeiros na Região Metropolitana de Porto Alegre, em 2024; mudanças climáticas devem intensificar enchentes e alagamentos (Foto: Lauro Alves/Secom)

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O Rio Grande do Sul enfrenta um aumento alarmante nos casos de leptospirose, que superaram 1 mil em 2024, após enchentes históricas. Historicamente, o estado registra cerca de 500 casos anuais, especialmente entre agricultores de arroz, devido à presença de roedores.

Após as enchentes, a proliferação de roedores e a contaminação da água e do solo elevaram os riscos de infecção. Alessandro Pasqualotto, presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia, destaca que a situação era esperada, pois alagamentos favorecem a disseminação da doença.

A leptospirose é uma zoonose, transmitida principalmente por roedores, e pode afetar até mesmo animais de estimação. Durante a crise, poucos casos de contaminação em pets foram registrados, o que evitou um aumento ainda maior nas infecções humanas.

Mudanças climáticas intensificam a frequência e a gravidade das enchentes, elevando o risco de surtos. Micheline Coelho, meteorologista, aponta que a cada 20 mm de chuva, as internações por leptospirose aumentam em média 15,6%. Fatores socioeconômicos também influenciam, afetando desproporcionalmente populações em áreas urbanas precárias.

Após as enchentes, o risco de leptospirose persiste, com a bactéria sobrevivendo em solo úmido e lama. O patologista Paulo Saldiva alerta que o efeito mais significativo ocorre de duas a três semanas após as inundações, mas o risco pode se estender por até seis meses.

Casos como o da atleta Luisa Giampaoli, que faleceu em julho de 2023, evidenciam a gravidade da situação. Mesmo em áreas não inundadas, a população permanece vulnerável. Moradores relatam um aumento na presença de roedores, refletindo o impacto contínuo das enchentes na saúde pública.

A combinação de mudanças climáticas e urbanização em áreas de risco agrava a situação. Especialistas ressaltam a necessidade de ações integradas para mitigar os efeitos da leptospirose e proteger a saúde da população.

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