07 de mai 2025
Supermanzanas transformam Barcelona em modelo de urbanismo sustentável e inclusivo
Supermanzanas em Barcelona podem evitar 700 mortes anuais e transformar a mobilidade urbana, segundo o ecólogo Salvador Rueda.
Salvador Rueda, criador do conceito de supermanzanas, este terça-feira na praça de Vila de Gràcia, em Barcelona. (Foto: Gianluca Battista)
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Salvador Rueda, ecólogo urbano, lançou o livro "503 supermanzanas", onde defende a expansão do modelo de supermanzanas em Barcelona. Segundo ele, essa implementação poderia evitar 700 mortes prematuras anualmente, além de melhorar a mobilidade e a saúde pública.
As supermanzanas são áreas urbanas de aproximadamente 20 hectares onde o tráfego é restrito e o espaço para pedestres é ampliado. Rueda, presidente da Fundação Ecologia Urbana e Territorial (Feut), argumenta que esse modelo pode resolver problemas como poluição, ruído e excesso de tráfego. Ele destaca que a aplicação desse conceito poderia liberar 70% das ruas da cidade para usos não motorizados.
Rueda já implementou mudanças significativas na mobilidade de Barcelona entre 2013 e 2018, reduzindo o tráfego em 25%. Ele estima que a transformação total da cidade para incluir supermanzanas custaria cerca de R$ 400 milhões ao longo de dez anos, o que representa apenas 1% do orçamento anual municipal.
O ecólogo também menciona que a resistência ao modelo é comum, mas pesquisas indicam que a maioria dos barceloneses apoia a ideia. Atualmente, existem cinco supermanzanas oficiais em Barcelona, mas na prática, são 31. Rueda acredita que o modelo pode ser aplicado em diversas cidades ao redor do mundo, como Nova York, Bogotá e Montreal, promovendo uma mobilidade mais eficiente e sustentável.
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