08 de mai 2025
Pseudomonas aeruginosa pode degradar plástico e comprometer dispositivos médicos
Cepa de Pseudomonas aeruginosa pode degradar plástico usado em dispositivos médicos, aumentando riscos de infecções e resistência a antibióticos.
Pseudomonas aeruginosa (bactéria azul) é prejudicial às pessoas e frequentemente encontrada em hospitais. (Foto: Juergen Berger/Science Photo Library)
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Pesquisadores britânicos descobriram que uma cepa da bactéria Pseudomonas aeruginosa, comum em ambientes hospitalares, pode degradar o plástico poli(caprolactona) (PCL). O estudo foi publicado na revista Cell Reports e revela que a enzima Pap1, identificada em uma amostra isolada de ferida, é responsável por essa degradação.
A pesquisa, liderada por Ronan McCarthy, da Brunel University, destaca que a capacidade de P. aeruginosa de degradar plásticos pode comprometer dispositivos médicos, como suturas e implantes. “Se um patógeno pode degradar plástico, isso pode impactar negativamente o prognóstico dos pacientes”, afirmou McCarthy.
Os cientistas inseriram o gene que codifica a enzima Pap1 em bactérias Escherichia coli e observaram que a enzima quebrou o PCL em diferentes formas. A cepa de P. aeruginosa também demonstrou a mesma habilidade. Quando o gene da enzima foi removido, a bactéria não conseguiu mais degradar o plástico.
Além disso, a presença da enzima aumentou a formação de biofilme, o que pode elevar a resistência a antibióticos. Em experimentos com larvas de Galleria mellonella, a bactéria foi mais letal na presença de um implante de PCL. Moths infectados com uma cepa sem a enzima apresentaram taxas de sobrevivência semelhantes, independentemente da presença do implante.
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