08 de mai 2025
Taxa de demência cresce rapidamente na China devido ao envelhecimento e riscos evitáveis
Taxa de demência na China triplicou entre 1990 e 2021, exigindo ações urgentes para controle de fatores de risco e prevenção.
A taxa de ocorrência de demências, como o Alzheimer, está aumentando mais rapidamente na China. (Foto: Pixabay)
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A taxa de demência, incluindo o Alzheimer, está crescendo mais rapidamente na China do que em qualquer outra parte do mundo, segundo um estudo publicado na revista PLOS One. Entre 1990 e 2021, o número de casos triplicou no país, enquanto globalmente, a taxa dobrou. A pesquisa, que analisou dados de saúde do Global Burden of Disease (GBD), destaca a rápida transição demográfica da China e a alta incidência de fatores de risco como principais causas desse aumento.
Os dados revelam que a incidência de demência é maior entre as mulheres, que vivem mais, enquanto a mortalidade é ligeiramente superior entre os homens. A pesquisa também aponta que a China enfrenta desafios relacionados a fatores de risco evitáveis, como diabetes tipo 2, tabagismo e obesidade, especialmente entre homens de meia-idade e idosos. Especialistas alertam que, sem intervenções eficazes, os casos de demência podem continuar a crescer até 2040.
Necessidade de Medidas Preventivas
Os autores do estudo enfatizam que existe uma janela de oportunidade para implementar medidas preventivas, mas essa chance pode se esgotar. Projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o leste asiático pode ter 16,5 milhões de casos de demência até 2050, um aumento de 222%. Em comparação, a América Latina deve registrar 3,8 milhões de casos, representando um crescimento de 363%.
No Brasil, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) aponta que 54% dos casos de demência poderiam ser evitados com o controle de fatores de risco como perda auditiva e baixa escolaridade. A professora Raquel da Costa, da Universidade Federal Fluminense (UFF), destaca que a conscientização e o diagnóstico ampliado contribuem para o aumento dos casos documentados, mas os fatores de risco modificáveis ainda são mal controlados.
A baixa escolaridade é identificada como o principal fator de risco para o surgimento de demência no Brasil, superando idade e sexo. A professora Carla Mércia Souza Dacier Lobato, da Universidade Federal do Pará (UFPA), explica que a estimulação cognitiva desde a infância é crucial para a proteção contra os sintomas da demência.
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