11 de mai 2025
Isolamento social pode aliviar ansiedade, mas não é solução a longo prazo
Isolamento social pode aliviar a ansiedade em ratos, mas excesso agrava transtornos mentais. Entenda os impactos na saúde mental.
O isolamento social geralmente piora o estado emocional das pessoas. Mas estudos recentes mostram que também pode melhorar significativamente o comportamento dos mais ansiosos. (Foto: Freepik)
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Isolamento Social e Ansiedade: Estudo da PUC-Rio Revela Efeitos Contraditórios
Pesquisadores do Laboratório de Neurociência Comportamental da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) descobriram que o isolamento social pode aliviar temporariamente a ansiedade em ratos, mas o isolamento excessivo pode agravar transtornos mentais. O estudo foi realizado com linhagens de ratos geneticamente modificados, desenvolvidas ao longo de 16 anos.
Os ratos foram divididos em grupos com diferentes níveis de ansiedade e colocados em gaiolas sozinhos ou em grupos por 14 dias. No 15º dia, todos foram submetidos a um teste de “natação forçada”, que mede o comportamento depressivo. Os resultados mostraram que ratos mais ansiosos apresentaram melhora significativa, nadando por mais tempo antes de desistir, enquanto os ratos menos ansiosos pioraram com o isolamento.
Implicações do Estudo
Os pesquisadores destacam que o isolamento social pode ser uma estratégia de enfrentamento para alguns indivíduos ansiosos, proporcionando alívio temporário do estresse. Contudo, o isolamento prolongado pode elevar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e reduzir a produção de dopamina, neurotransmissor associado ao prazer. Essas alterações podem aumentar a vulnerabilidade a transtornos mentais.
A equipe enfatiza a importância de relações sociais de qualidade, que promovem autoestima e regulação emocional. O estudo sugere que intervenções clínicas devem priorizar a promoção de vínculos sociais saudáveis, integrando técnicas de regulação emocional e desenvolvimento de habilidades sociais.
Os pesquisadores acreditam que suas descobertas oferecem contribuições valiosas para a prática clínica, ajudando a desenvolver caminhos mais eficazes no tratamento da ansiedade e depressão. O trabalho foi apoiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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