Saúde

Cerca de 50 mil médicos formados em universidades com notas baixas no MEC

Governo propõe novas avaliações para cursos de Medicina, enquanto CFM defende exame obrigatório para a prática profissional.

A quantidade de vagas em Medicina duplicou nos últimos dez anos (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A quantidade de vagas em Medicina duplicou nos últimos dez anos (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ouvir a notícia

Cerca de 50 mil médicos formados em universidades com notas baixas no MEC - Cerca de 50 mil médicos formados em universidades com notas baixas no MEC

0:000:00

Desde 2013, quase 50 mil médicos formados em universidades com notas baixas no Ministério da Educação (MEC) geram preocupações sobre a qualidade da formação no Brasil. O governo federal anunciou novas medidas para avaliar cursos de Medicina, incluindo uma prova anual para formandos e um exame obrigatório proposto pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Dados do Censo da Educação Superior e do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) revelam que, em uma década, 229.667 médicos se formaram no Brasil, sendo 49.336 deles oriundos de instituições com notas 1 e 2 no Enade. O ensino de Medicina, que movimenta um mercado bilionário, enfrenta críticas devido à qualidade dos cursos e à distribuição desigual de profissionais.

O crescimento do número de estudantes em Medicina dobrou nos últimos dez anos, com mensalidades médias de R$ 9 mil. A tentativa do governo de limitar a abertura de novos cursos em 2018 gerou uma série de liminares judiciais, resultando em mais vagas autorizadas. O Supremo Tribunal Federal decidiu que o crescimento deve respeitar as regras do programa Mais Médicos, priorizando áreas com déficit de profissionais.

Novas Medidas de Avaliação

Recentemente, o MEC anunciou uma nova prova anual para formandos em Medicina. Embora o desempenho não esteja vinculado ao diploma, a avaliação poderá facilitar o acesso a residências médicas. O CFM, por sua vez, discute um projeto de lei que estabeleceria um exame obrigatório para o exercício da profissão, semelhante ao que ocorre com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Contudo, há divergências sobre essa proposta. Críticos afirmam que a exigência de um exame pode limitar a autonomia das instituições de ensino e criar uma reserva de mercado. A discussão sobre o modelo ideal de avaliação e formação médica é urgente, especialmente considerando que 50 mil formandos em cursos de baixa qualidade já atuam no país. A situação exige atenção para garantir a saúde pública no futuro.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela