13 de mai 2025
Cientista revela segredos da resistência da Amazônia em meio à seca intensa
A pesquisa de Deliane Pena revela que a Amazônia resiste melhor à seca, desafiando modelos tradicionais e destacando sua biodiversidade.
Da copa das árvores, a bióloga Deliane Pena descobriu como a Amazônia resiste a extremos climáticos (Foto: Arquivo pessoal)
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A bióloga Deliane Pena, da Universidade Federal do Oeste do Pará, revelou que a Amazônia resiste melhor à seca do que se pensava. Sua pesquisa, realizada durante a seca de 2023/24, mostra que a interação entre árvores de diferentes alturas é crucial para a saúde da floresta.
Dependurada em árvores de até trinta metros, Deliane coletou dados que contradizem a visão simplificada da floresta. Modelos matemáticos anteriores assumiam que as árvores limitam a perda de água durante a seca, mas a realidade é mais complexa. A biodiversidade amazônica, com cerca de 16 mil espécies de árvores, desempenha um papel vital na resistência da floresta.
O estudo, publicado na revista Tree Physiology, destaca que árvores altas, como o cambará, possuem raízes profundas que alcançam reservatórios de água. Durante a seca, essas árvores conseguem se manter hidratadas e até florescer. Em contraste, espécies menores, como a canela-de-jacamim, sofrem mais devido à falta de água superficial.
Deliane enfrentou desafios físicos e emocionais para realizar sua pesquisa. Superando o medo de altura, ela escalou árvores e coletou folhas para analisar a hidratação das plantas. “Quando perdi o medo, comecei a ver a grandeza da floresta”, afirmou a pesquisadora, que também destacou a importância de entender como a floresta funciona para sua preservação.
O trabalho de Deliane é apoiado pelo Instituto Serrapilheira e visa contribuir para a compreensão do impacto das mudanças climáticas na Amazônia. A pesquisa ressalta a necessidade de proteger a floresta contra o desmatamento e as queimadas, que ameaçam sua biodiversidade e capacidade de resistência.
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