14 de mai 2025
Queda de 27% nas mortes por sobredose nos EUA marca maior redução em 45 anos
Queda de 27% nas mortes por overdose nos EUA em 2024 traz esperança em meio à crise do fentanilo. Campanhas e antídotos são fatores chave.
Uma das esquinas da Avenida Kensington, em Filadélfia, que se tornou símbolo da crise do fentanilo nos Estados Unidos, em uma imagem de finais de 2023. (Foto: Carlos Rosillo)
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As mortes por overdose nos Estados Unidos caíram 27% em 2024, totalizando cerca de 80.000 fatalidades, segundo dados provisórios do Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC). Este é o maior declínio registrado em 45 anos.
Especialistas atribuem essa redução a campanhas de conscientização sobre os perigos do fentanilo, um opiáceo responsável por três quartos das overdoses. Além disso, o aumento do acesso a antídotos, como a naloxona, e a distribuição de materiais de prevenção, como seringas e tiras reativas, também são apontados como fatores importantes.
O relatório destaca que a queda nas mortes ocorreu em quase todos os estados, com exceção de Nebraska e Dakota do Sul, que registraram pequenos aumentos. Estados como Ohio e Virgínia Ocidental, que foram epicentros da crise, apresentaram as maiores reduções.
Os dados provisórios indicam que o número de mortes por overdose, que havia crescido 30% entre 2019 e 2020, e 15% entre 2020 e 2021, pode sinalizar um possível fim da epidemia que afeta principalmente os jovens. No entanto, a crise ainda é a principal causa de mortalidade entre essa faixa etária.
A nova administração do ex-presidente Donald Trump pode impactar as políticas de combate à drogadição. Trump prioriza ações rigorosas contra o tráfico de drogas, como a designação de cartéis como organizações terroristas e a imposição de tarifas a países considerados responsáveis pela crise, como México, China e Canadá.
Por outro lado, cortes no financiamento público, promovidos pelo Departamento de Eficácia Governamental, podem ameaçar os avanços na mitigação de danos. A crise de opiáceos, que começou na década de 1990, resultou em indenizações de cerca de 50 bilhões de dólares para programas de combate à dependência.
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