16 de mai 2025
Mancha escura revela poluição nas águas da Praia dos Amores no Rio de Janeiro
Mancha de poluição na Praia dos Amores revela degradação ambiental no Rio; Custódio Coimbra e Mário Moscatelli documentam há 30 anos.
Esgoto proveniente do complexo lagunar da Barra chega ao mar pelo canal da Joatinga (15/05/2025). (Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo)
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Custódio Coimbra, fotógrafo do jornal O Globo, registrou a poluição aquática do Rio de Janeiro por mais de três décadas. Recentemente, ele sobrevoou a Praia dos Amores, na Barra da Tijuca, onde uma mancha escura foi identificada, resultado do escoamento das lagoas da Barra e Jacarepaguá. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) coletou amostras da água para análise.
A mancha, visível há cerca de dois dias, chamou a atenção de moradores e banhistas pela coloração verde-musgo. Coimbra, que tem 71 anos, afirmou que essa cena é “corriqueira” em sua trajetória como fotojornalista. Desde 1995, ele realiza voos de helicóptero com o biólogo Mário Moscatelli, que busca documentar a degradação ambiental e os crimes ecológicos na região.
Os voos são programados para períodos de maré baixa, quando a poluição se torna mais evidente. “Na maré baixa, todas as lagoas desembocam na Praia dos Amores. A qualidade da água é altamente poluída”, destacou Coimbra. Ele observa que o tratamento atual é insuficiente, comparando-o a “enxugar gelo”.
Moscatelli avaliou a mancha como uma mistura de cianobactérias, esgoto e sedimentos. Ele ressaltou que a situação é um “filme de terror ambiental” que se agrava com o crescimento populacional. Coimbra também notou que a construção desordenada ao redor das lagoas contribui para a poluição.
Além dos voos, Coimbra utiliza drones para capturar imagens de ângulos mais próximos e detalhados. Ele acredita que a tecnologia aprimora seu trabalho, permitindo uma visão mais íntima dos ambientes aquáticos. Apesar das dificuldades, o fotógrafo continua a registrar a beleza do Rio de Janeiro, afirmando que cada foto é única.
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