17 de mai 2025

Extinção proposital de espécies gera debate sobre bioética e conservação ambiental
Pesquisadores propõem extinção da bicheira do novo mundo com modificação genética, levantando questões éticas e ecológicas sobre o impacto no meio ambiente.
Foto:Reprodução
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A Cochliomyia hominivorax, popularmente conhecida como bicheira-do-novo-mundo, é um parasita que causa sérios danos a animais de sangue quente, especialmente na América do Sul. Recentemente, pesquisadores levantaram a possibilidade de uma extinção deliberada dessa espécie, utilizando técnicas de modificação genética.
A discussão ocorreu em um artigo publicado no periódico Science, onde uma equipe interdisciplinar, composta por bioeticistas, ecólogos e biólogos da conservação, analisou os critérios para essa decisão. A C. hominivorax, que deposita ovos em feridas de animais, pode causar infecções graves e até a morte do hospedeiro. Embora raros, casos de infestação em humanos ainda ocorrem.
Atualmente, as estratégias de controle incluem a liberação de insetos esterilizados, que se acasalam com os da natureza, levando a um colapso populacional. No entanto, novas técnicas de manipulação genética poderiam aumentar a eficácia desse método, tornando a erradicação mais rápida e menos custosa.
Implicações Ecológicas
A proposta de extinção não se limita apenas à bicheira. Os pesquisadores consideram a aplicação de tais técnicas em outras espécies nocivas, como mosquitos transmissores da malária e roedores que ameaçam aves endêmicas em ilhas. Contudo, é necessário avaliar o papel dessas espécies nos ecossistemas e os riscos de cruzamentos indesejados com espécies inofensivas.
A discussão sobre a extinção deliberada de espécies levanta questões éticas e práticas. Embora a tecnologia ofereça novas possibilidades, os pesquisadores alertam que a implementação deve ser feita com cautela, considerando as consequências a longo prazo.
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