19 de mai 2025
Cerca de 62% dos brasileiros se preocupam com gordura no fígado, mas poucos conhecem exames
Cerca de 62% dos brasileiros temem a esteatose hepática, mas 61% desconhecem como diagnosticá la, revela pesquisa do Datafolha.
Gordura no fígado, ou esteatose hepática, é uma das doenças hepáticas crônicas mais prevalentes no mundo (Foto: PonyWang/GettyImages)
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Um estudo do Instituto Datafolha, em parceria com a farmacêutica Novo Nordisk, revela que 62% dos brasileiros estão preocupados com a esteatose hepática, conhecida como gordura no fígado. Apesar da preocupação, 61% dos entrevistados não sabem como diagnosticar a doença. Apenas 7% receberam um diagnóstico formal, evidenciando a falta de conscientização sobre a condição.
A esteatose hepática afeta cerca de 30% da população mundial e está associada a fatores como obesidade e consumo excessivo de álcool. A condição pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. Priscila Mattar, endocrinologista e vice-presidente da área médica da Novo Nordisk no Brasil, destaca que a discrepância entre o conhecimento dos riscos e a falta de ação preventiva é alarmante.
Entre os fatores de risco citados, 58% mencionaram o excesso de peso e 46% o consumo de álcool. O estudo também aponta que 66% da população apresenta sobrepeso ou obesidade, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Cristiane Villela, professora titular de clínica médica e hepatologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, alerta que a combinação de obesidade e álcool aumenta significativamente o risco de doenças hepáticas.
Diagnóstico e Conscientização
A pesquisa indica que apenas 44% dos entrevistados procurariam um clínico geral para tratar a condição. A maioria dos brasileiros não conhece os termos médicos relacionados à gordura no fígado, com 32% citando "cirrose" como o termo mais familiar. 52% acreditam que exames de sangue são suficientes para o diagnóstico, enquanto 28% mencionaram exames de imagem.
A falta de conhecimento sobre a esteatose hepática é preocupante, pois a condição pode ser assintomática em estágios iniciais. Mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e atividade física, são essenciais para o tratamento. Villela enfatiza que não existem soluções milagrosas, e que a conscientização é fundamental para prevenir a doença.
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