Saúde

Indústrias de tabaco, álcool e ultraprocessados agravam doenças e poluição ambiental

Indústrias de tabaco, álcool e ultraprocessados agravam doenças e degradam o meio ambiente. A tributação é essencial para mitigar esses impactos.

Restos de embalagens se acumulam na Ilha do Fundão, no Rio (Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo)

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A epidemia de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que é a principal causa de morte no mundo, está intimamente ligada à degradação ambiental. As indústrias de tabaco, álcool e alimentos ultraprocessados são apontadas como responsáveis por essa crise de saúde pública. Organizações de saúde e meio ambiente destacam a necessidade de ações para combater os efeitos nocivos desses setores.

Estudos recentes revelam que a produção de alimentos ultraprocessados contribui significativamente para a degradação ambiental. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quatro indústrias — alimentos, álcool, tabaco e combustíveis fósseis — causam 2,7 milhões de mortes anuais na Europa. Nos Estados Unidos, o consumo de ultraprocessados resultou na morte de 124 mil pessoas em 2018. Globalmente, o tabaco mata 8,7 milhões de pessoas anualmente, enquanto o álcool é responsável por 3 milhões de mortes.

Impactos Ambientais

A produção de alimentos ultraprocessados também gera impactos ambientais severos. Um estudo na revista The Lancet indica que, em três décadas, a produção de salgadinhos e bebidas elevou em 245% as emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, 1,3 milhão de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos anualmente, em grande parte devido ao descarte inadequado de embalagens. Além disso, a produção de bebidas como cerveja consome 298 litros de água para cada litro produzido.

A fumicultura é responsável por 5% do desmatamento global, com uma árvore sendo derrubada para cada 300 cigarros fabricados. A cada ano, cerca de 4,5 trilhões de bitucas de cigarro, que contêm plástico e substâncias tóxicas, são descartadas no meio ambiente.

Medidas Propostas

Para enfrentar esses desafios, especialistas em saúde pública recomendam o aumento de preços por meio de tributação sobre produtos nocivos. A reforma tributária recente instituiu o Imposto Seletivo para itens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, incluindo tabaco, álcool e refrigerantes. No entanto, é necessário ampliar essa medida para todos os ultraprocessados e itens plásticos descartáveis, garantindo alíquotas que efetivamente desestimulem o consumo.

A diretora executiva da ACT Promoção da Saúde, Paula Johns, e o diretor-geral da Oceana, Ademilson Zamboni, enfatizam que essas ações podem ter um impacto positivo significativo na saúde pública e na preservação ambiental.

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