Saúde

Planos de saúde investem apenas 0,25% em prevenção, apesar de benefícios financeiros

Investimentos em prevenção de saúde pelos planos de saúde no Brasil permanecem baixos, mas novas operadoras mostram resultados promissores.

Consultas preventivas da médica Amanda Schaffner reduziram doenças ortopédicas entre empregados, afirma Renata Romanich, diretora de Recursos Humanos de uma escola de São Paulo: “Ela conhece a história das pessoas”. (Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo)

Consultas preventivas da médica Amanda Schaffner reduziram doenças ortopédicas entre empregados, afirma Renata Romanich, diretora de Recursos Humanos de uma escola de São Paulo: “Ela conhece a história das pessoas”. (Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo)

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Historicamente, os investimentos em políticas de prevenção de saúde pelos planos de saúde no Brasil têm sido baixos, com apenas 0,25% do faturamento destinado a essas iniciativas em 2022. No entanto, novas operadoras estão desafiando esse modelo, investindo mais em prevenção e apresentando resultados positivos, como a redução de internações e custos.

Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que, dos quase R$ 350 bilhões arrecadados pelas operadoras no ano passado, apenas 0,25% foi destinado a iniciativas de promoção da saúde. Esse percentual é o menor desde 2018 e não superou 0,5% nos últimos anos. Para Antônio Britto, diretor-executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), esses dados indicam a necessidade de reformas no setor.

Operadoras menores, como a Leve Saúde, estão investindo cerca de R$ 4,5 milhões em programas de prevenção, representando 1,5% de suas receitas. A empresa realiza ações específicas para grupos, como gestantes, e acompanha usuários após idas ao pronto-socorro. A SulAmérica também se destaca, com R$ 2,9 milhões investidos em programas de prevenção, embora isso represente apenas 0,008% de suas receitas.

Iniciativas de Sucesso

A Bradesco Saúde investiu R$ 12 milhões em programas de atenção à saúde, o que corresponde a 0,03% de suas receitas. A operadora afirma ter reduzido em 47% a frequência de internações entre os usuários de seus programas. A Aurora, uma operadora mineira, realiza check-ups para novos segurados, rastreando doenças que representam 25% do custo assistencial.

Empresas também buscam estimular a prevenção. O Hospital Sírio-Libanês atende 400 mil trabalhadores de doze empresas com programas personalizados. Daniel Greca, diretor de Saúde Populacional do hospital, afirma que isso melhora a saúde e reduz custos.

A Alice, operadora paulistana, reportou um aumento médio de 10,54% nos contratos de pequenas e médias empresas, enquanto a média do setor foi de 14,77%. A empresa destaca que ações preventivas ajudam a reduzir internações e consultas, impactando diretamente nos custos dos planos.

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