21 de mai 2025
Cerca de 464 milhões de adolescentes poderão ter obesidade até 2030, alerta estudo global
Relatório da Comissão Lancet alerta que até 2030, 464 milhões de adolescentes terão obesidade e mais de 1 bilhão enfrentarão riscos de saúde.
Quase meio bilhão de adolescentes em todo o mundo viverão com obesidade ou sobrepeso até 2030 (Foto: Freepik)
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Um novo relatório da Comissão Lancet projeta que cerca de 464 milhões de adolescentes em todo o mundo terão sobrepeso ou obesidade até 2030. O estudo, divulgado na terça-feira (20), alerta que mais de 1 bilhão de jovens enfrentará riscos de saúde preveníveis, como HIV/Aids e problemas de saúde mental.
A análise, que é a segunda da Comissão sobre saúde e bem-estar dos adolescentes, revela que, apesar de avanços em algumas áreas, como a redução do tabagismo e aumento da participação educacional, os problemas relacionados à obesidade e saúde mental estão crescendo. A pandemia de Covid-19 e a falta de financiamento em saúde são apontadas como fatores que contribuíram para essa deterioração.
Os dados indicam que um em cada quatro adolescentes com idades entre 10 e 24 anos pode enfrentar problemas de saúde mental até 2030. A pesquisa também destaca que a saúde mental dos adolescentes sofreu um declínio significativo nas últimas três décadas, com 42 milhões de anos de vida saudável perdidos devido a transtornos mentais ou suicídio.
Desigualdade e Riscos Emergentes
O relatório revela que quase 1,1 bilhão de adolescentes vive em países onde problemas de saúde preveníveis, como gravidez precoce e má nutrição, continuam a ser uma ameaça. Em comparação com 2016, houve um aumento no número de jovens expostos a esses riscos. A desigualdade socioeconômica é um entrave para a promoção da saúde entre os adolescentes, especialmente em países de menor renda.
Além disso, as mudanças climáticas são identificadas como uma nova ameaça à saúde mental dos jovens. A Comissão alerta que 1,9 bilhão de adolescentes poderão viver em um mundo com temperaturas significativamente mais altas até 2100, o que pode agravar problemas de saúde mental e aumentar a insegurança alimentar.
Os especialistas enfatizam a necessidade urgente de políticas públicas e investimentos direcionados à saúde dos adolescentes. Atualmente, essa faixa etária representa 24% da população global, mas recebe apenas 2,4% dos investimentos internacionais em saúde e desenvolvimento. A falta de ação pode resultar em um aumento significativo de problemas de saúde entre os jovens nas próximas décadas.
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