22 de mai 2025
Estudo investiga ancestralidade e seu impacto no risco de Alzheimer no Brasil
Estudo investiga como a ancestralidade brasileira pode alterar o impacto do gene APOE no Alzheimer, com resultados esperados para 2025.
Julia Jabur, do Instituto Serrapilheira (Foto: Reprodução)
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O Alzheimer é uma doença complexa que provoca perda de memória e declínio cognitivo. Fatores genéticos e ambientais, como a baixa escolaridade e o isolamento social, influenciam seu desenvolvimento. O gene APOE, com suas variantes, é um dos principais responsáveis pelo risco da doença.
Recentemente, o biólogo Michel Naslavsky, da Universidade de São Paulo (USP), iniciou uma pesquisa sobre como a ancestralidade miscigenada no Brasil pode afetar a influência do gene APOE no Alzheimer. Os resultados são esperados para o próximo ano.
A variante APOE 4 é a mais associada ao aumento do risco de Alzheimer, enquanto a APOE 2 oferece proteção. A pesquisa de Naslavsky analisa como a interação genética varia entre diferentes populações. Ele destaca que dados indicam que europeus são mais suscetíveis aos efeitos da APOE 4 do que africanos, embora a prevalência da doença seja similar.
O estudo é relevante no contexto brasileiro, onde cerca de 90% da população é miscigenada. Naslavsky utiliza amostras de cérebros de pessoas falecidas e realiza sequenciamento genético em idosos vivos. A análise incluirá a lipidômica, que investiga como os lipídios impactam o cérebro.
Os resultados da pesquisa podem revelar novos caminhos para entender o Alzheimer na população brasileira e, potencialmente, embasar novos tratamentos.
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