Saúde

Fungo que pode 'devorar por dentro' ameaça se espalhar com o aquecimento global

Aquecimento global pode expandir o fungo Aspergillus, elevando o risco de infecções e resistência a tratamentos. A saúde pública está em alerta.

Foto:Reprodução

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Pesquisas recentes indicam que o aquecimento global pode permitir a expansão do fungo Aspergillus para novas regiões, aumentando o risco de infecções graves e resistência a tratamentos. Este fungo, que causa a aspergilose, é uma ameaça significativa à saúde pública, especialmente para indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos.

Um estudo da Universidade de Manchester utilizou simulações para prever que espécies de Aspergillus se espalharão por partes da América do Norte, Europa, China e Rússia à medida que a crise climática se intensifica. Norman van Rijn, pesquisador da universidade, destacou que os fungos são menos estudados em comparação a vírus e parasitas, mas suas implicações para a saúde são alarmantes.

A aspergilose, uma infecção potencialmente fatal, apresenta taxas de mortalidade entre 20% e 40%. A dificuldade de diagnóstico e a resistência crescente a tratamentos antifúngicos complicam ainda mais a situação. Apenas quatro classes de medicamentos antifúngicos estão disponíveis, e a resistência a eles está aumentando.

Expansão e Riscos

O estudo aponta que o Aspergillus flavus, que prefere climas quentes, pode aumentar sua área de distribuição em 16% se as emissões de combustíveis fósseis continuarem. Este fungo não só causa infecções em humanos, mas também afeta culturas alimentares, representando um risco à segurança alimentar. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde incluiu o Aspergillus flavus em sua lista de patógenos fúngicos críticos.

Por outro lado, o Aspergillus fumigatus, que se adapta a climas temperados, pode se expandir em até 77,5% até 2100, expondo milhões de pessoas na Europa. Embora algumas regiões, como a África subsaariana, possam se tornar inóspitas para esses fungos, isso pode gerar novos desafios ecológicos.

Desafios e Necessidades

A crescente incidência de infecções fúngicas, que aumentou cerca de 5% ao ano nos últimos anos, revela a necessidade urgente de mais pesquisas. Justin Remais, professor da Universidade da Califórnia, enfatizou a falta de dados sobre a prevalência do Aspergillus e os grupos mais afetados. A conscientização sobre doenças fúngicas é crucial, pois a letalidade dessas infecções é alarmante e frequentemente negligenciada.

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