Saúde

Letícia vive em preto e branco devido à acromatopsia e supera desafios diários

Letícia, jovem com acromatopsia e apenas 5% de visão, desafia o capacitismo enquanto ensina jiu jitsu e atua na assistência social.

Letícia Voi, de Ribeirão Preto (SP), é acromata e enxerga apenas tons acinzentados. (Foto: Tiago Aureliano/EPTV)

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Letícia, uma jovem de 27 anos com acromatopsia, vive de forma autônoma em Ribeirão Preto. Com apenas 5% de visão, ela enfrenta desafios diários, como a fotofobia e o capacitismo, enquanto trabalha em assistência social e dá aulas de jiu-jitsu.

A acromatopsia é uma condição genética rara que impede a percepção de cores, afetando a acuidade visual. A prevalência é de 1 em cada 40.000 nascimentos. Letícia, que não vê cores, identifica nuances de cinza para entender o que está à sua frente. Seu guarda-roupa é predominantemente em preto, branco e cinza, com poucas peças coloridas.

Letícia já foi tatuadora e é apaixonada por artes, pintando principalmente em preto e branco. Formada em psicologia, ela atua no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Além disso, é faixa preta em jiu-jitsu e ensina em duas academias desde 2022.

Ela relata que realiza suas atividades cotidianas, como ir ao mercado e limpar a casa, sem dificuldades. Quando enfrenta limitações, pede ajuda. “Algumas pessoas ajudam, outras acham que é algum tipo de golpe”, comenta Letícia sobre as reações que recebe ao solicitar auxílio.

A acromatopsia é uma distrofia retiniana bilateral hereditária e congênita, conforme explica Renata Moreto, chefe do setor de oftalmogenética do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. A condição não é progressiva, mas causa desconforto com luz intensa e movimentos involuntários dos olhos, conhecidos como estagmo.

Embora não haja cura, Flávio Mac Cord, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), afirma que é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes com reabilitação visual. Isso inclui o uso de filtros específicos e óculos escuros. Pesquisas sobre terapia genética estão em andamento, oferecendo esperança para o futuro.

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