Saúde

Cigarros eletrônicos ameaçam conquistas do Brasil no combate ao tabagismo

Cigarros eletrônicos ameaçam avanços no combate ao tabagismo no Brasil, com aumento do uso entre adolescentes e falta de fiscalização.

Homem usa um cigarro eletrônico em Nova York. (Foto: Jeenah Moon/The New York Times)

Homem usa um cigarro eletrônico em Nova York. (Foto: Jeenah Moon/The New York Times)

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O Brasil, com cerca de 45 milhões de ex-fumantes, é o segundo país com mais pessoas que deixaram de fumar, conforme dados de 2023 do Ministério da Saúde. No entanto, a crescente popularidade dos cigarros eletrônicos, especialmente entre adolescentes, representa uma ameaça a esses avanços.

Estudos indicam que o uso de vapes entre jovens de 13 a 15 anos está aumentando rapidamente. A publicação Nicotine & Tobacco Research revela que essa faixa etária é a maior consumidora de dispositivos eletrônicos. O uso de vapes no Canadá dobrou entre 2017 e 2022, e na Inglaterra, triplicou no mesmo período. Essa tendência preocupa especialistas, que alertam para o risco de retrocesso nas políticas de combate ao tabagismo.

Os cigarros eletrônicos, embora proibidos no Brasil desde 2009, são vendidos livremente pela internet e em lojas. A falta de fiscalização e punições efetivas para quem comercializa esses produtos contribui para o problema. A Polícia Federal realiza apreensões, mas isso não resolve o contrabando.

Riscos à Saúde

Os dispositivos eletrônicos são frequentemente apresentados como alternativas seguras, mas não há validação científica que comprove essa afirmação. Um estudo publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine mostra que o uso de vapes é 28% menos eficaz para fumantes que tentam parar em comparação com aqueles que não utilizam esses dispositivos. Além disso, a concentração de nicotina nos vapes aumentou drasticamente, elevando o risco de dependência e doenças.

A urgência de uma abordagem multidisciplinar é evidente. Profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, devem se envolver na prevenção e no aconselhamento de jovens e suas famílias. O investimento em programas de cessação e prevenção é essencial para enfrentar o tabagismo, que é uma das principais causas de morte evitável no Brasil.

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