25 de mai 2025
Cozinhar é essencial para a saúde e cultura, mas desigualdades dificultam essa prática
Cozinhar é uma prática essencial para a saúde e a cultura, mas desigualdades de gênero e a ascensão dos ultraprocessados ameaçam essa tradição.
Foto: Reprodução
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Alimentos ultraprocessados dominam o mercado global, aumentando o risco de doenças crônicas e alterando hábitos alimentares, especialmente no Brasil. O debate atual enfatiza a importância de valorizar o ato de cozinhar como uma prática coletiva e transformadora, além de propor políticas públicas que integrem alimentação saudável e reconhecimento do trabalho doméstico.
Esses produtos, frequentemente encontrados em supermercados, substituem refeições compartilhadas por opções em embalagens individuais. O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda priorizar alimentos in natura ou minimamente processados. Cozinhar é fundamental para a saúde, sustentabilidade e cultura alimentar, mas requer tempo, energia e conhecimento, recursos que não são igualmente distribuídos.
A desigualdade de gênero é evidente, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrando que, em 2022, mulheres dedicaram em média 17,8 horas semanais aos afazeres domésticos, enquanto homens gastaram 11 horas. Essa sobrecarga feminina na gestão alimentar é um reflexo de uma construção cultural que desvaloriza o trabalho reprodutivo.
Desafios e Propostas
Reverter a crescente presença de ultraprocessados exige estratégias que considerem as desigualdades sociais. É necessário implementar políticas de regulação, rotulagem e educação alimentar. Além disso, o debate de gênero deve ser um eixo central. Superar a lógica dos ultraprocessados requer uma nova ética do cuidado, valorizando o cozinhar como responsabilidade coletiva.
O Brasil já possui iniciativas que colocam o cozinhar no centro das políticas públicas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que oferece refeições saudáveis a milhões de estudantes. As Cozinhas Solidárias, promovidas por movimentos sociais, demonstram como cozinhar pode ter um impacto social significativo.
Compreender o ato de cozinhar como uma chave para transformar o sistema alimentar é essencial. Isso deve ser feito em conjunto com políticas que valorizem a economia do cuidado e fortaleçam o direito à saúde e à alimentação adequada.
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