09 de mai 2025
Estudo revela impacto de alimentos na saúde e sugere mudanças na dieta brasileira
Novo estudo da USP revela que a dieta brasileira resulta em média negativa de 5,89 minutos de vida saudável por porção de alimento.
Bolachas recheadas aparecem no topo da lista de alimentos não saudáveis, segundo estudo brasileiro (Foto: Celso Mejia/Pexels)
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Um novo estudo da Universidade de São Paulo (USP) introduziu o Índice Nutricional de Saúde (HENI), que avalia o impacto de 33 alimentos na dieta brasileira em minutos de vida saudável. A pesquisa, publicada na revista International Journal of Environmental Research and Public Health, revelou uma média negativa de -5,89 minutos por porção.
Os pesquisadores analisaram alimentos que mais contribuem para a ingestão energética dos brasileiros, utilizando dados da Pesquisa Nacional de Alimentação (INA 2017–2018). Por exemplo, uma bolacha recheada pode "custar" cerca de 40 minutos de vida saudável, enquanto uma banana pode adicionar mais de 8 minutos. O estudo focou em pessoas acima de dez anos e considerou apenas a dieta habitual.
Os autores do estudo destacam que os dados não indicam que uma refeição desequilibrada cause um risco imediato à saúde. O HENI é uma ferramenta que considera 15 componentes relacionados ao risco de doenças, como o consumo excessivo de carnes processadas e sódio, além de fatores benéficos como fibras e vegetais. O índice expressa o impacto de cada alimento em minutos de vida saudável ganhos ou perdidos.
Impacto Regional e Alimentar
Os pesquisadores também agruparam os estados brasileiros em quatro regiões, identificando diferenças no consumo de alimentos. Os clusters Cinturão Agrícola e Pólo Econômico Central apresentaram maior consumo de biscoitos recheados. Embora alimentos como arroz e feijão sejam comuns, a presença de ultraprocessados varia entre as regiões.
Outro ponto abordado foi a monotonia alimentar, que reduz a diversidade nutricional. O estudo também avaliou o impacto ambiental dos alimentos, revelando que pratos com carne bovina emitem mais de 21 kg de CO2 por porção. A pesquisa sugere que escolhas alimentares mais sustentáveis podem melhorar tanto a saúde quanto o meio ambiente.
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