Saúde

Adolescente processa indústrias de ultraprocessados por danos à saúde nos EUA

Adolescente processa indústrias de ultraprocessados nos EUA, alegando que consumo desde a infância causou doenças crônicas. Audiência em agosto.

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Um adolescente processa indústrias de ultraprocessados nos EUA

Um adolescente entrou com uma ação judicial contra onze grandes indústrias de ultraprocessados nos Estados Unidos, alegando que o consumo desses produtos desde a infância causou suas doenças. A audiência está marcada para 1º de agosto de 2024.

O caso, denominado “Martinez versus Kraft Heinz Company, Inc. et al.”, inclui empresas como Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé e Mondelez. A queixa foi protocolada em dezembro de 2024 na Pensilvânia. O advogado de defesa, Rene Rocha, destacou que a ação é um marco, pois é a primeira vez que indústrias desse setor são responsabilizadas judicialmente por danos à saúde.

Bryce Martinez, o autor da ação, alega que seu consumo de refrigerantes e snacks ultraprocessados desde a infância resultou em diabetes tipo 2 e doença hepática gordurosa não-alcoólica. A queixa pede um valor mínimo de US$ 50 mil por danos físicos, emocionais e financeiros, além de outras reparações que o tribunal considerar justas.

Impacto potencial da decisão

A decisão da corte pode abrir precedentes para ações semelhantes nos EUA. Igor Britto, diretor executivo do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), afirmou que a ação pode iniciar um debate sobre a responsabilidade das empresas. Rocha acredita que a visibilidade do caso pode influenciar futuras regulamentações sobre ultraprocessados.

A relação entre o aumento do consumo de ultraprocessados e o crescimento de doenças crônicas entre jovens é um tema crescente. Estudos indicam que essas doenças se tornaram mais frequentes em crianças a partir da década de 1980, coincidentemente com a popularização desses produtos.

Desafios legais e regulamentação

Provar que os ultraprocessados causaram as doenças de Martinez pode ser desafiador, pois é necessário estabelecer uma relação direta entre o consumo e os problemas de saúde. A falta de regulamentação específica para ultraprocessados nos EUA e no Brasil dificulta ações judiciais semelhantes em outros países.

A expectativa é que, se a ação for acatada, isso possa levar a uma maior pressão sobre as indústrias para que adotem práticas mais saudáveis e transparentes. A luta contra os ultraprocessados pode se intensificar, refletindo a experiência passada com a indústria do tabaco.

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