06 de mai 2025
Alimentos ultraprocessados aumentam risco de doenças e morte precoce, revela estudo
Dietas ricas em alimentos ultraprocessados elevam riscos de doenças cardiovasculares, diabetes e morte precoce, alerta nova pesquisa.
Alimentos ultraprocessados são aqueles que foram submetidos a métodos mais agressivos de alteração do produto in natura, além da adição de substâncias de uso industrial, como aromatizantes, corantes, conservantes, emulsificantes e outros aditivos. (Foto: Vadym/Adobe Stock)
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Uma nova revisão de pesquisas, envolvendo quase 10 milhões de pessoas, confirma que dietas ricas em alimentos ultraprocessados aumentam significativamente o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e morte precoce. O estudo, publicado na revista BMJ, analisou 45 meta-análises de artigos revisados nos últimos três anos, sem financiamento de empresas do setor alimentício.
Os pesquisadores encontraram uma associação de 50% maior no risco de morte por doenças cardiovasculares e um aumento de 48% a 53% no risco de ansiedade e transtornos mentais. Além disso, a ingestão elevada de alimentos ultraprocessados está ligada a um risco 12% maior de diabetes tipo 2 e 21% maior de morte por qualquer causa.
Os alimentos ultraprocessados, como cereais açucarados, fast food e pratos congelados, representam até 58% da ingestão calórica diária nos Estados Unidos. Um editorial que acompanhou o estudo sugere que esses produtos contêm pouco ou nenhum alimento integral e são feitos com ingredientes quimicamente alterados.
Recomendações e Diretrizes
Especialistas em saúde defendem a necessidade de alertas nas diretrizes dietéticas sobre os riscos dos alimentos ultraprocessados. O comitê de diretrizes do governo federal dos EUA está avaliando a ciência sobre os impactos à saúde, especialmente em relação à obesidade.
Os pesquisadores ressaltam que, embora os estudos observacionais não provem causalidade, a evidência acumulada sugere que a troca de alimentos ultraprocessados por opções saudáveis pode trazer benefícios. A especialista em nutrição, Clare Collins, enfatiza que intervenções diretas não são éticas, mas a substituição de alimentos pode ser uma alternativa viável.
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