27 de mai 2025
Fraudes alimentares revelam adulterações perigosas em produtos consumidos globalmente
Fraudes alimentares afetam a saúde global, com 46% dos adulterantes sendo perigosos. Conheça os produtos mais comprometidos.
Azeite de oliva está entre os produtos mais adulterados em todo o mundo. (Foto: De Okea/Adobe Stock)
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Um estudo recente publicado no Journal of Food Protection revelou que quarenta e seis por cento dos adulterantes alimentares são potencialmente perigosos. A pesquisa analisou mais de quinze mil registros de fraudes alimentares entre 1980 e 2022, destacando produtos como carne bovina moída misturada com carne de cavalo e xarope de milho diluído no mel.
Os pesquisadores da FoodChain ID, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, identificaram os produtos mais afetados por fraudes. Além da carne, itens como vinho, uísque, açafrão e diferentes tipos de azeite também foram listados. A principal fraude identificada foi a diluição ou substituição de ingredientes, com 34% a 60% dos registros apresentando pelo menos um adulterante perigoso.
Fraude alimentar é definida como a prática de enganar o consumidor para obter ganhos econômicos por meio da substituição, adição ou falsificação de alimentos. Especialistas afirmam que não existem ferramentas específicas para que os consumidores detectem fraudes, sendo a identificação dependente de investigações técnicas. A proteção do consumidor depende de políticas de vigilância sanitária eficazes.
Algumas estratégias podem ajudar os consumidores a evitar fraudes. É recomendado desconfiar de produtos com preços muito baixos e ter cuidado ao comprar alimentos sem rótulos. A bióloga Maria Aparecida Moraes Marciano sugere conhecer os fornecedores. O advogado Leonardo Pillon, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), destaca a importância da fiscalização rigorosa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e incentiva a população a denunciar rótulos enganosos.
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