30 de mai 2025
Falta de fumarato de dimetila preocupa pacientes com esclerose múltipla em todo o Brasil
Falta de fumarato de dimetila afeta pacientes com esclerose múltipla no Brasil, gerando riscos de surtos e comprometendo a qualidade de vida.
Foto: Reprodução
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O fumarato de dimetila, medicamento de alto custo para esclerose múltipla remitente recorrente, enfrenta desabastecimento em várias regiões do Brasil. Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2019, o remédio é essencial para muitos pacientes, mas sua falta tem gerado preocupação.
Pacientes relatam dificuldades em obter o medicamento, com estados informando que a aquisição está comprometida. O Ministério da Saúde anunciou a entrega de novas unidades, mas a escassez persiste em diversos locais. O custo do fumarato de dimetila varia entre R$ 1.200 e R$ 9.000, dependendo do fornecedor e da dosagem.
Ana Paula Morais da Silva, presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla (Apemigos), destaca que o medicamento é crucial para estabilizar a doença. "Sem ele, surge a possibilidade de novos surtos", alerta. O neurologista Guilherme Sciascia do Olival explica que o remédio atua na formação de células de defesa relacionadas a doenças autoimunes.
Juliana Teixeira, paciente de esclerose múltipla, está sem o tratamento desde abril. Ela relata que o medicamento melhorou sua qualidade de vida e teme a volta dos surtos. "É assustador, porque sem a medicação, minha qualidade de vida pode piorar", afirma. A falta do fumarato de dimetila é sentida em estados como São Paulo, Ceará e Rio Grande do Norte, enquanto outros, como Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, afirmam ter estoque.
O Ministério da Saúde informou que o atraso na entrega se deve a dificuldades de aquisição com o fabricante. Embora tenha iniciado o envio de 637 mil unidades do medicamento, a distribuição ainda é irregular. Além do fumarato de dimetila, o SUS oferece outras opções terapêuticas, como betainterferona e teriflunomida, que estão disponíveis.
A falta do medicamento gera ansiedade entre os pacientes, que temem a possibilidade de surtos e complicações graves. O neurologista Sciascia do Olival ressalta que não há um tempo seguro para ficar sem a medicação, e a falta pode resultar em surtos, que podem levar a consequências sérias.
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