Dieta anti-inflamatória e exercícios aumentam sobrevida em pacientes com câncer de cólon

Pesquisas recentes apresentadas na Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) em 2025 revelaram que dietas anti-inflamatórias e programas de exercícios estruturados podem aumentar significativamente as taxas de sobrevivência em pacientes com câncer colorretal. O estudo, conduzido pelo Instituto Dana-Farber, analisou dados de um ensaio clínico com 2.526 pacientes diagnosticados com câncer de cólon em estágio III.

Os resultados mostraram que aqueles que seguiram uma dieta anti-inflamatória, rica em vegetais, café e chá, apresentaram um risco de morte 87% maior se comparados aos que consumiram dietas pró-inflamatórias, que incluem carnes processadas e açúcares. Além disso, pacientes que se mantiveram ativos, realizando exercícios equivalentes a caminhadas regulares, tiveram um risco de morte 63% menor.

Importância da Atividade Física

O estudo também destacou a relevância da atividade física. Aqueles que se exercitaram regularmente, com uma média de 150 minutos de atividade por semana, mostraram uma redução de 37% no risco de morte e 28% na probabilidade de recorrência do câncer. Os pesquisadores sugerem que a inclusão de programas de exercícios deve ser considerada uma parte essencial do tratamento para pacientes que se recuperam do câncer colorretal.

Kimmie Ng, coautora do estudo, enfatizou que "a dieta pode ser crucial para melhorar os resultados e a sobrevida". A pesquisa reforça a necessidade de mais investigações para entender os mecanismos biológicos que ligam a dieta e a atividade física à sobrevivência em pacientes com câncer.

Recomendações Futuras

Os especialistas recomendam que centros de tratamento de câncer adotem programas de exercícios como parte do tratamento padrão. A pesquisa sugere que a combinação de uma dieta saudável e atividade física pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade de vida e a sobrevivência de pacientes com câncer colorretal.